Salvador vive um momento decisivo em sua infraestrutura urbana. As obras do Veículo Leve sobre Trilhos (VLT) e do sistema de macrodrenagem da Baixa do Fiscal entraram em novas fases nesta segunda-feira (21), com a assinatura de autorizações fundamentais pelo governador Jerônimo Rodrigues e pelo ministro da Casa Civil, Rui Costa.
Mobilidade interligada
Com um investimento de R$ 113 milhões, o contrato do Lote 1 do VLT, que abrange o trecho entre Calçada e Comércio, foi ampliado. A região é estratégica por integrar diversos modais: ônibus, metrô e transporte marítimo. A nova etapa inclui obras de drenagem em áreas críticas, como o Terminal Turístico, Ferry-Boat e o Hospital da Marinha.
Simultaneamente, foi lançado o edital de Sinalização e Telecomunicações dos Lotes 1, 2 e 3, com investimento previsto de R$ 446 milhões oriundos do Orçamento Geral da União e contrapartida estadual. A proposta prevê sistemas modernos como:
- Wi-Fi gratuito em 35 pontos
- Catracas com bilhetagem automática
- Fibra óptica para integração ao metrô
- Câmeras com inteligência artificial
- Painéis digitais com informações em tempo real
Todo o sistema poderá ser operado de forma remota, elevando a segurança e a eficiência operacional do transporte urbano em Salvador.
Combate aos alagamentos
Também nesta segunda, Jerônimo e Rui Costa autorizaram o início das obras de macrodrenagem do Canal Nilo Peçanha, no âmbito do Novo PAC, com investimento de R$ 55 milhões. A ação vai beneficiar diretamente moradores da Rua Nilo Peçanha, bairro do Uruguai e outras áreas da Cidade Baixa, tradicionalmente atingidas por enchentes.
As obras abrangem o trecho entre a Enseada dos Tainheiros, no Alagados III, e a Feira do Curtume, passando pela travessia da Avenida Afrânio Peixoto. O objetivo é ampliar a capacidade de escoamento das águas pluviais e garantir mais tranquilidade à população local.
“Tem dia que a gente escuta a chuva e já perde o sono. A gente quer viver com mais sossego”, desabafa Neli Souza, moradora da região há 18 anos.
Para o governador Jerônimo Rodrigues, a intervenção é urgente:
“Não podemos mais adiar soluções. Essa é uma ação estruturante que se soma às demais intervenções urbanas, olhando com atenção para quem mais precisa.”
O ministro Rui Costa reforçou:
“Essas obras vão garantir o fim dos alagamentos e a proteção das encostas e da vida das pessoas.”
Informações Repórter: Tácio Santos/GOVBA – Fotos Feijão Almeida GOVBA