
O vice-presidente Geraldo Alckmin afirmou neste sábado, 15 de novembro, que a nova ordem executiva do governo dos Estados Unidos vai na direção certa ao isentar produtos agrícolas brasileiros de tarifas adicionais. Ele destacou o suco de laranja como principal beneficiado e projetou novos avanços nas negociações.
A medida norte-americana, publicada na última sexta-feira, retirou tarifas extras de 10% impostas em abril deste ano a diversos produtos agrícolas como café, carne e sucos de frutas. Segundo Alckmin, a decisão é fruto de um esforço diplomático contínuo do governo brasileiro, que envolveu o presidente Lula, o chanceler Mauro Vieira e autoridades americanas como o secretário de Estado Marco Rubio.

O suco de laranja, que representa 1,2 bilhão de dólares em exportações para os Estados Unidos, passou a ter alíquota zero. Alckmin informou que a porcentagem da pauta brasileira exportada sem sobretaxa subiu de 23% para 26%, passando de 9,4 bilhões para 10,3 bilhões de dólares em 2024.
A retirada parcial das tarifas abre espaço para maior competitividade dos produtos brasileiros nos Estados Unidos. Essa mudança representa uma vitória estratégica no cenário do comércio exterior. Para o vice-presidente, é um passo importante, mas ainda há desafios, como a manutenção da tarifa de 40% sobre o café. O Brasil é o maior fornecedor desse produto ao mercado norte-americano.
Esse é o empenho que deve ser feito agora, segundo Alckmin. Ele afirmou que é preciso corrigir distorções que impactam diretamente a competitividade dos nossos produtos no exterior.
Autoridades brasileiras se mostraram confiantes com os avanços. Em Washington, o chanceler Mauro Vieira relatou que os americanos estão dispostos a avançar com rapidez. Disse que as propostas foram apresentadas e que agora aguardam retorno.

O presidente Lula, após encontro com Donald Trump na Malásia, ressaltou a importância do diálogo direto. Ele afirmou que discutiram a agenda comercial com franqueza e decidiram que as equipes técnicas dos dois países iriam se reunir imediatamente para buscar soluções para as tarifas e sanções.
Quando um governo consegue reduzir barreiras para seus produtos no exterior, não é apenas um número que muda. Isso significa preservação de empregos no campo, aumento de renda nas agroindústrias e mais oportunidades nas cidades que vivem da exportação.
Para mim, o mais simbólico é ver que mesmo em tempos de tensões globais, o Brasil está negociando com firmeza e respeito. Reduzir tarifas não é apenas diplomacia. É estratégia de desenvolvimento. O país acerta ao investir em diálogo e insistir na busca por equidade comercial.
A nova ordem dos Estados Unidos representa um avanço real para o Brasil, especialmente para setores que geram milhões de empregos diretos e indiretos. Ainda há caminho pela frente, como no caso do café, mas os sinais são positivos. Com persistência e estratégia, o país pode conquistar ainda mais espaço no mercado global.


















