A Síntese de Indicadores Sociais (SIS) 2024, divulgada nesta quarta-feira (4) pelo IBGE, revelou avanços importantes na redução da pobreza e da extrema pobreza na Bahia em 2023. Ambos os índices atingiram os níveis mais baixos desde o início da série histórica em 2012. Ainda assim, a Bahia mantém altos números absolutos, o que reflete a complexidade
Queda significativa, mas a Bahia ainda lidera em números absolutos
A pobreza na Bahia caiu 8,8% em relação a 2022, com cerca de 668 mil pessoas deixando essa condição. Isso significa que, em 2023, 46,0% da população baiana (6,9 milhões de pessoas) viveriam abaixo da linha de pobreza, colocando o estado em 7º lugar no ranking nacional proporcionalmente. Em termos absolutos, porém, a Bahia segue atrás apenas de São Paulo, que possui 7,8 milhões de pessoas pobres.
A extrema pobreza
Salvador: crescimento no ranking de pobreza
Na capital baiana, 1.006 milhões de pessoas estavam em situação de pobreza em 2023, representando 34,4% da população. Embora tenha conseguido uma redução de 6,4% em relação a 2022, Salvador subiu para o segundo lugar entre as capitais com maior número absoluto de pessoas pobres, atrás apenas de São Paulo.
A extrema pobreza em Salvador apresentou uma redução mais marcante. O número de pessoas nessa condição caiu 42,9%, de 289 mil em 2022 para 185 mil em 2023, o equivalente a 6,3% da população da capital. Esse recuo levou Salvador a cair para o terceiro lugar em números absolutos entre as capitais, superada pelo Rio de Janeiro e S.
Desigualdades regionais no estado
Os índices de pobreza e extrema pobreza variam significativamente entre as regiões da Bahia. O Vale do Rio São Francisco e o Oeste da Bahia apresentaram os maiores índices de vulnerabilidade. No Vale, 56,8% da população está abaixo da linha de pobreza e 13,8% vive em extrema pobreza. No Oeste, esses números são 54,4% e 12,3%, respectivamente
Por outro lado, Salvador e seu entorno metropolitano possuem as menores taxas. Na capital, 34,4% da população vive abaixo da linha de pobreza, enquanto 6,3% estão
Critérios utilizados
O IBGE considera pobres as pessoas cuja renda domiciliar per capita seja inferior a R$ 667 meses (US$ 6,85 diários em paridade de poder de compra). Para extrema pobreza, o valor é de R$ 210 mensais (US$ 2,15 diários). Esses critérios, definidos pelo Banco Mundial, são referência para o monitoramento das metas dos Objetivos de Desenvolvimento
Desafios persistentes
Apesar dos avanços, os dados ressaltam que a Bahia ainda enfrenta desafios estruturais para combater a desigualdade social, especialmente em regiões interioranas. A redução da pobreza é um reflexo de políticas sociais, mas exige ações contínuas e estratégicas para garantir resultados sustentáveis e melhorar a qualidade de vida da população.
Por: Marcelo oXarope