A Bahia gerou 11.015 novos empregos com carteira assinada em agosto de 2025, consolidando um total de 88.679 vagas formais no ano. O setor de Serviços liderou a retomada, segundo dados oficiais do Novo Caged.
O Ministério do Trabalho e Emprego divulgou nesta segunda-feira, 29 de setembro, os dados do Novo Caged referentes a agosto de 2025. O levantamento mostra que o Brasil criou 147.358 novos empregos formais no mês e ultrapassou a marca de 1,5 milhão de postos com carteira assinada entre janeiro e agosto.
Na Bahia, o desempenho foi positivo em todos os setores da economia. O setor de Serviços gerou 4.156 vagas, seguido por Comércio (2.350), Indústria (1.888), Construção (1.611) e Agropecuária (1.010). Desde o início de 2023, o país acumula 4,63 milhões de empregos com carteira assinada. O estoque de vínculos formais chegou a 48,69 milhões, um recorde nacional.
O avanço na geração de empregos formais representa mais do que estatísticas. Significa estabilidade para milhares de famílias baianas. Jovens entre 18 e 24 anos foram os principais beneficiados no estado em agosto, com 6.169 novas vagas. Esse grupo tem enfrentado dificuldades para entrar no mercado de trabalho, e os dados indicam uma mudança de cenário.
Outro dado relevante está na escolaridade. A maioria dos admitidos possui ensino médio completo. Isso reforça o perfil de uma população que busca inserção com qualificação mínima e aposta no emprego formal como ponto de partida.
Municípios como Lauro de Freitas, Salvador, Vitória da Conquista e Feira de Santana se destacaram como motores do crescimento.
Para mim, o que mais chama atenção é como a recuperação do mercado se traduz em esperança para quem estava à margem. São números que representam dignidade, renda e oportunidades reais.
“Estamos vivenciando uma retomada firme do emprego com carteira assinada. O setor de Serviços e a Indústria puxaram esse avanço”, afirmou o ministro do Trabalho, Luiz Marinho, ao comentar os dados.
Em Lauro de Freitas, município com maior saldo no mês, a prefeita Moema Gramacho celebrou os resultados. Segundo ela, o ambiente de negócios na cidade tem favorecido contratações e movimentado a economia local.
O salário médio de admissão também cresceu. Em agosto, chegou a R$ 2.295,01. Houve aumento de R$ 12,70 em relação a julho. Esse dado ajuda a entender por que o mercado formal ainda é desejado: ele oferece mais que estabilidade, oferece perspectivas.
Quando se fala em carteira assinada, fala-se em mais do que trabalho. Fala-se em segurança jurídica, acesso ao INSS, crédito facilitado, férias e, principalmente, dignidade.
A juventude tem sido a mais impactada positivamente, mas ainda existe um abismo para mulheres, pessoas com deficiência e trabalhadores de baixa escolaridade. O país caminha, sim, mas o desafio da inclusão permanece.
Os números trazem alívio, mas não podem mascarar a realidade. É preciso investir mais em políticas públicas de formação e recolocação. O mercado responde, mas o poder público precisa garantir que a resposta atenda a todos.
A Bahia mostra que é possível crescer com inclusão e estabilidade no mercado formal. Os dados do Novo Caged confirmam um cenário positivo, mas também apontam para a necessidade de políticas que consolidem esse avanço. O emprego formal voltou a ser realidade para milhares. A missão agora é mantê-lo vivo e acessível para todos.