
O setor de comércio e serviços na Bahia registrou um crescimento expressivo em 2024, impulsionado pelo aumento do crédito concedido pelo Banco do Nordeste (BNB). O número de empresas atendidas dobrou no estado, com mais de 138 mil operações de crédito realizadas, totalizando um volume recorde de R$ 2,2 bilhões em investimentos. Esse montante representa um crescimento de 22% em relação a 2023, enquanto a quantidade de contratos aumentou 130% no mesmo período.
Bahia supera média nacional no crescimento do comércio
Dados da Pesquisa Mensal do Comércio, do IBGE, revelam que o crescimento do comércio baiano superou a média nacional. O varejo ampliado do estado registrou um aumento de 9,2% na receita e 6,1% no volume de vendas nos últimos doze meses. No Brasil, os índices foram de 7,5% e 4,1%, respectivamente.
Esse avanço se deve, em parte, ao fortalecimento da parceria entre o Banco do Nordeste e a Fecomércio, conforme destacou o superintendente estadual do banco, Pedro Lima Neto:
“Temos ampliado nossa atuação junto às empresas do setor, oferecendo crédito diferenciado e serviços personalizados. Essa parceria com a Fecomércio tem sido fundamental para levar mais crédito às empresas.”
O presidente da Fecomércio Bahia, Kelsor Fernandes, reforçou que os financiamentos desempenharam papel essencial no desempenho positivo do comércio em 2024. Ele destacou ainda o crescimento do saldo total de recursos disponíveis para as famílias baianas, que aumentou mais de 6% em termos reais.
Perspectivas para 2025
O Escritório Técnico de Estudos Econômicos do Nordeste (Etene) aponta que o comércio varejista ampliado cresceu 6,1% na Bahia até dezembro de 2024, ficando atrás apenas de Pernambuco (7,5%) e Ceará (7,4%).
As projeções para 2025 são otimistas, embora o crescimento esperado seja menor do que em 2024. Segundo o pesquisador Biagio Mendes Júnior, o consumo seguirá em alta devido ao aumento da renda das famílias e à geração de empregos. Ele prevê que o crescimento do salário-mínimo real ajudará a impulsionar o comércio, mas em um ritmo mais moderado.
Para empresários e varejistas, a manutenção do acesso ao crédito e a continuidade das políticas de incentivo ao setor serão fundamentais para sustentar o crescimento do comércio na Bahia nos próximos anos.