Desemprego na Bahia atinge menores taxas em 10 anos, mas segue como o mais alto do país

Por Marcelo oXarope
14/02/2025

Publicado em -

oXarope1140225noticia1

A taxa de desocupação na Bahia caiu pelo terceiro ano consecutivo em 2024, atingindo 10,8%, o menor em uma década. O índice, no entanto, segue sendo o maior entre os estados brasileiros, empatado com Pernambuco. Os dados são da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNADC) Trimestral, do IBGE.

Menos desempregados e mais trabalhadores

A retirada do desemprego no estado foi impulsionada por dois fatores principais:

  • Aumento no número de trabalhadores: A população cresceu 5,7%, chegando a 6,42 milhões de pessoas, um recorde na série histórica do IBGE.
  • Queda no número de desempregados: O total de pessoas em busca de emprego caiu 15,5%, chegando a 779 mil —o menor contingente desde 2014.

O crescimento da ocupação foi impulsionado, sobretudo, pelo aumento no número de trabalhadores com carteira assinada, que somaram 256 mil novos empregos. Já os trabalhadores informais também tiveram um aumento de nível, com 34 mil novos postos.

Setores que mais cresceram

O crescimento no número de trabalhadores foi apresentado em 8 das 10 atividades econômicas pesquisadas, com destaque para:

  • Indústria: +114 mil trabalhadores (+23,8%)
  • Administração pública, educação e saúde: +97 mil trabalhadores (+8,8%)

Por outro lado, a agricultura foi o setor que mais perdeu trabalhadores, com 139 mil postos a menos (-13,3%).

Salários em altos, mas ainda baixos

O rendimento médio real dos trabalhadores baianos aumentou 11,8%, chegando a R$ 2.165, superando pela primeira vez o patamar pré-pandemia. No entanto, segue sendo o 3º mais baixo do país, à frente apenas do Maranhão (R$ 2.049) e Ceará (R$ 2.071). O rendimento médio nacional é de R$ 3,225.

Em Salvador, os rendimentos médios foram os menores da série histórica iniciada em 2012, ficando em R$ 2.699, o mais baixo entre todas as capitais.

Cenário nacional e desafios para a Bahia

Mesmo com a queda do desemprego, a Bahia ainda apresenta desafios significativos:

  • Maiores táxons de desocupação do Brasil (empatada com Pernambuco)
  • Alta informalidade: 51,4% dos trabalhadores estão em empregos informais.
  • Baixos rendimentos médios, abaixo da média nacional.

No contexto nacional, a taxa de desocupação do Brasil foi de 6,6%, bem abaixo da registrada na Bahia.

Conclusão

A Bahia comemora a menor taxa de desemprego em uma década, mas os desafios persistem. O estado segue com a maior taxa de desocupação do país, o mesmo com o avanço do emprego formal e o crescimento dos rendimentos. O cenário reforça a necessidade de políticas públicas para fortalecer a geração de empregos e reduzir a informalidade.

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Por Marcelo oXarope
14/02/2025 - 14h38 - Atualizado 14 de fevereiro de 2025

Publicado em -

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A taxa de desocupação na Bahia caiu pelo terceiro ano consecutivo em 2024, atingindo 10,8%, o menor em uma década. O índice, no entanto, segue sendo o maior entre os estados brasileiros, empatado com Pernambuco. Os dados são da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNADC) Trimestral, do IBGE.

Menos desempregados e mais trabalhadores

A retirada do desemprego no estado foi impulsionada por dois fatores principais:

  • Aumento no número de trabalhadores: A população cresceu 5,7%, chegando a 6,42 milhões de pessoas, um recorde na série histórica do IBGE.
  • Queda no número de desempregados: O total de pessoas em busca de emprego caiu 15,5%, chegando a 779 mil —o menor contingente desde 2014.

O crescimento da ocupação foi impulsionado, sobretudo, pelo aumento no número de trabalhadores com carteira assinada, que somaram 256 mil novos empregos. Já os trabalhadores informais também tiveram um aumento de nível, com 34 mil novos postos.

Setores que mais cresceram

O crescimento no número de trabalhadores foi apresentado em 8 das 10 atividades econômicas pesquisadas, com destaque para:

  • Indústria: +114 mil trabalhadores (+23,8%)
  • Administração pública, educação e saúde: +97 mil trabalhadores (+8,8%)

Por outro lado, a agricultura foi o setor que mais perdeu trabalhadores, com 139 mil postos a menos (-13,3%).

Salários em altos, mas ainda baixos

O rendimento médio real dos trabalhadores baianos aumentou 11,8%, chegando a R$ 2.165, superando pela primeira vez o patamar pré-pandemia. No entanto, segue sendo o 3º mais baixo do país, à frente apenas do Maranhão (R$ 2.049) e Ceará (R$ 2.071). O rendimento médio nacional é de R$ 3,225.

Em Salvador, os rendimentos médios foram os menores da série histórica iniciada em 2012, ficando em R$ 2.699, o mais baixo entre todas as capitais.

Cenário nacional e desafios para a Bahia

Mesmo com a queda do desemprego, a Bahia ainda apresenta desafios significativos:

  • Maiores táxons de desocupação do Brasil (empatada com Pernambuco)
  • Alta informalidade: 51,4% dos trabalhadores estão em empregos informais.
  • Baixos rendimentos médios, abaixo da média nacional.

No contexto nacional, a taxa de desocupação do Brasil foi de 6,6%, bem abaixo da registrada na Bahia.

Conclusão

A Bahia comemora a menor taxa de desemprego em uma década, mas os desafios persistem. O estado segue com a maior taxa de desocupação do país, o mesmo com o avanço do emprego formal e o crescimento dos rendimentos. O cenário reforça a necessidade de políticas públicas para fortalecer a geração de empregos e reduzir a informalidade.

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