
1. O DIU é só para quem já teve filhos
Mito. Segundo Carla Cooper, o DIU pode ser usado por mulheres que nunca engravidaram. “O mais importante é a avaliação médica para definir se o método é o mais adequado”, destaca.
2. O DIU causa infertilidade
Mito. A ciência é clara: não há relação entre o uso do DIU e infertilidade. “A fertilidade volta logo após a retirada do dispositivo”, explica a médica.
3. Existem DIUs com e sem hormônio
Verdade. Os dois tipos principais são o de cobre, que não contém hormônios, e o hormonal, que libera progestagênio. Ambos são altamente eficazes e seguros.
4. O DIU aumenta o risco de infecções
Mito. O risco é maior apenas nas primeiras semanas após a colocação, especialmente se houver infecções ginecológicas não tratadas. “Com higiene e técnica adequada, esse risco é mínimo”, afirma Carla.
5. O DIU pode se deslocar no útero
Verdade. Casos de deslocamento são raros e costumam ocorrer nos primeiros meses após a inserção. Acompanhamento médico é essencial.
6. Mulheres com fluxo intenso não podem usar DIU
Parcialmente verdade. O DIU de cobre pode intensificar o sangramento menstrual. “Para esses casos, o hormonal costuma ser a melhor opção”, orienta a especialista.
7. O DIU pode ser usado como contraceptivo de emergência
Verdade. O DIU de cobre pode ser inserido até cinco dias após uma relação desprotegida e tem mais de 99% de eficácia nessa função.
8. O DIU interfere no prazer sexual
Mito. O DIU fica dentro do útero e não afeta as sensações durante o sexo.
9. O DIU é permanente
Mito. Embora seja de longa duração, o DIU é totalmente reversível. Pode ser retirado a qualquer momento, com retorno imediato da fertilidade.
10. O DIU está disponível gratuitamente pelo SUS
Verdade. O DIU de cobre pode ser colocado gratuitamente em unidades básicas de saúde. “É um direito pouco divulgado e que precisa ser ampliado”, reforça Carla Cooper.
Discutir contracepção com informação confiável é essencial para ampliar a autonomia das mulheres sobre seus corpos. Entender como o DIU funciona e desmistificar seus efeitos ajuda a construir decisões mais conscientes e saudáveis. O acesso à informação é um passo crucial para garantir liberdade reprodutiva e bem-estar.
Por: Giovanna Rebelo