
Em Belém, presidente Lula cobra ações concretas na COP30 e apresenta avanços do Brasil no clima
Durante a abertura da Cúpula de Líderes da COP30, nesta quinta-feira, 6 de novembro, em Belém, no Pará, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva convocou os líderes globais a saírem do discurso e partirem para ações reais. Com foco em florestas e oceanos, Lula apresentou metas ambiciosas do Brasil e lançou o Fundo Florestas Tropicais para Sempre, que já conta com 5,5 bilhões de dólares.
A COP30, sediada no coração da Amazônia brasileira, começou com a mesa temática “Clima e Natureza: Florestas e Oceanos”. Lula reforçou a urgência de um pacto global baseado na cooperação entre nações para enfrentar a crise climática. Ele destacou que problemas como incêndios florestais e poluição marinha não conhecem fronteiras e exigem um multilateralismo eficaz.
Segundo o presidente, é hora de transformar ambição em ação e reencontrar o equilíbrio entre crescimento e sustentabilidade.
Lula apresentou dados importantes, como a redução de mais de cinquenta por cento do desmatamento na Amazônia, a menor taxa dos últimos onze anos, e reafirmou a meta de zerar o desmatamento até dois mil e trinta. Além disso, anunciou a recuperação de quarenta milhões de hectares de pastagens degradadas e a ampliação das áreas marinhas protegidas de vinte e seis por cento para trinta por cento, dentro das metas do Marco Global da Biodiversidade.
Para mim, o mais emblemático é como o Brasil tenta liderar pelo exemplo, investindo em soluções que alinham conservação ambiental e desenvolvimento econômico.
Entre as medidas mais inovadoras, o presidente lançou o Fundo Florestas Tropicais para Sempre, um modelo financeiro inédito que remunera países que preservam suas florestas. O fundo já conta com o apoio de cinquenta e três países e expectativa de vinte e cinco bilhões de dólares em aportes nos primeiros anos.
Lula foi direto ao ponto ao afirmar que é um mecanismo financeiro que vai remunerar investidores ao mesmo tempo em que gera renda para os países que preservam a floresta em pé.
Ele também reiterou o compromisso do Brasil em ratificar o Tratado do Alto Mar até o fim de dois mil e vinte e cinco, reforçando a proteção da chamada Amazônia Azul, com foco em recifes, manguezais e biodiversidade marinha.
O Brasil, com todos os seus desafios internos, assume na COP30 uma postura de protagonismo climático que precisa ser reconhecida. Ao propor mecanismos reais de financiamento da conservação e apresentar resultados concretos, Lula envia uma mensagem clara ao mundo. Preservar pode ser rentável e urgente. O desafio, agora, é garantir que essas promessas resistam ao tempo e à pressão dos interesses econômicos tradicionais.
A abertura da COP30 colocou o Brasil no centro do debate climático global. Lula entregou metas, resultados e propostas financeiras inéditas, sinalizando um novo tempo para a relação entre meio ambiente, economia e justiça climática. A COP da Amazônia promete ser, de fato, a COP da verdade.

















