Produção industrial baiana recua em novembro, com quedas em comparação anual e mensal

Por Marcelo oXarope
14/01/2025

Publicado em -

oXarope1141225noticia10

A produção industrial na Bahia registrou queda de 0,6% em novembro de 2024 em relação a outubro, repetindo o índice de retração do Brasil como um todo (-0,6%), segundo a Pesquisa Industrial Mensal – Produção Física (PIM-PF) Regional, divulgada pelo IBGE. Em comparação com novembro de 2023, a indústria baiana também apresentou queda de 1,2%, interrompendo uma sequência de seis meses consecutivos de alta no comparativo anual.

Apesar disso, no acumulado de janeiro a novembro de 2024, o setor ainda apresenta crescimento de 2,6%, inferior à média nacional, que foi de 3,2% no mesmo período.

Queda puxada pelo refino de petróleo e couro

Em novembro, a retração anual da indústria baiana foi causada principalmente pelo desempenho negativo do refino de petróleo e biocombustíveis (-4,1%), que responde por quase um terço do valor industrial do estado. Essa atividade apresentou queda após três meses consecutivos de alta, embora ainda acumule crescimento de 3,9% no ano.

A preparação de couros e fabricação de artefatos de couro, artigos para viagem e calçados (-22,6%) teve a maior retração entre as atividades pesquisadas, acumulando queda de -8,2% em 2024.

Por outro lado, a fabricação de produtos químicos (14,4%) e a produção de borracha e materiais plásticos (7,7%) se destacaram como os principais segmentos a amenizar a queda geral, com desempenhos positivos em novembro.

Comparações regionais e nacionais

A Bahia registrou a 8ª maior queda mensal (-0,6%) entre os 15 locais pesquisados. Os melhores resultados nessa comparação vieram do Pará (4,4%), Amazonas (2,7%) e Pernambuco (2,6%), enquanto os piores índices foram de Espírito Santo (-7,2%), São Paulo (-4,7%) e Minas Gerais (-2,6%).

No comparativo anual, a Bahia teve o 7º pior resultado (-1,2%) entre os 18 estados analisados, ficando abaixo da média nacional, que teve alta de 1,7%. Destaques positivos foram o Pará (17,7%), Mato Grosso (15,2%) e Pernambuco (15,1%), enquanto o Espírito Santo (-11,7%), Rio de Janeiro (-8,3%) e Maranhão (-4,8%) lideraram as quedas.

Acumulado do ano e projeções

Entre janeiro e novembro de 2024, a produção industrial baiana acumula alta de 2,6%, em linha com os 2,7% registrados nos últimos 12 meses. Apesar do crescimento, o desempenho segue abaixo da média nacional para o mesmo período (3,2% no ano e 3,0% nos últimos 12 meses).

Panorama e perspectivas

Os dados mostram que, apesar do avanço em alguns setores específicos, como químicos e borracha, a dependência de atividades como o refino de petróleo continua a influenciar fortemente os resultados da indústria baiana. Para o próximo período, a diversificação industrial e o estímulo a atividades em crescimento podem ser essenciais para impulsionar a recuperação sustentável do setor no estado.

Para mais detalhes, acesse a Agência IBGE Notícias

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Por Marcelo oXarope
14/01/2025 - 18h53 - Atualizado 14 de janeiro de 2025

Publicado em -

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A produção industrial na Bahia registrou queda de 0,6% em novembro de 2024 em relação a outubro, repetindo o índice de retração do Brasil como um todo (-0,6%), segundo a Pesquisa Industrial Mensal – Produção Física (PIM-PF) Regional, divulgada pelo IBGE. Em comparação com novembro de 2023, a indústria baiana também apresentou queda de 1,2%, interrompendo uma sequência de seis meses consecutivos de alta no comparativo anual.

Apesar disso, no acumulado de janeiro a novembro de 2024, o setor ainda apresenta crescimento de 2,6%, inferior à média nacional, que foi de 3,2% no mesmo período.

Queda puxada pelo refino de petróleo e couro

Em novembro, a retração anual da indústria baiana foi causada principalmente pelo desempenho negativo do refino de petróleo e biocombustíveis (-4,1%), que responde por quase um terço do valor industrial do estado. Essa atividade apresentou queda após três meses consecutivos de alta, embora ainda acumule crescimento de 3,9% no ano.

A preparação de couros e fabricação de artefatos de couro, artigos para viagem e calçados (-22,6%) teve a maior retração entre as atividades pesquisadas, acumulando queda de -8,2% em 2024.

Por outro lado, a fabricação de produtos químicos (14,4%) e a produção de borracha e materiais plásticos (7,7%) se destacaram como os principais segmentos a amenizar a queda geral, com desempenhos positivos em novembro.

Comparações regionais e nacionais

A Bahia registrou a 8ª maior queda mensal (-0,6%) entre os 15 locais pesquisados. Os melhores resultados nessa comparação vieram do Pará (4,4%), Amazonas (2,7%) e Pernambuco (2,6%), enquanto os piores índices foram de Espírito Santo (-7,2%), São Paulo (-4,7%) e Minas Gerais (-2,6%).

No comparativo anual, a Bahia teve o 7º pior resultado (-1,2%) entre os 18 estados analisados, ficando abaixo da média nacional, que teve alta de 1,7%. Destaques positivos foram o Pará (17,7%), Mato Grosso (15,2%) e Pernambuco (15,1%), enquanto o Espírito Santo (-11,7%), Rio de Janeiro (-8,3%) e Maranhão (-4,8%) lideraram as quedas.

Acumulado do ano e projeções

Entre janeiro e novembro de 2024, a produção industrial baiana acumula alta de 2,6%, em linha com os 2,7% registrados nos últimos 12 meses. Apesar do crescimento, o desempenho segue abaixo da média nacional para o mesmo período (3,2% no ano e 3,0% nos últimos 12 meses).

Panorama e perspectivas

Os dados mostram que, apesar do avanço em alguns setores específicos, como químicos e borracha, a dependência de atividades como o refino de petróleo continua a influenciar fortemente os resultados da indústria baiana. Para o próximo período, a diversificação industrial e o estímulo a atividades em crescimento podem ser essenciais para impulsionar a recuperação sustentável do setor no estado.

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