2º Festival Caju de Leitores tem início nesta segunda-feira, dia 4

Por Redação Oxarope
02/09/2023

Publicado em

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E a Oca Tururim já está preparada para ouvir novas histórias ancestrais, que serão contadas a partir desta segunda-feira, dia 4, no 2º Festival Caju de Leitores. Localizada na Aldeia Xandó, Terra Indígena da Barra Velha, vizinha de Caraíva, distrito de Porto Seguro (BA), o espaço receberá cerca de 10 autores indígenas que, além das histórias, contam também suas vivências e compartilham conhecimento. 

Mas não para por aí! Essa segunda edição vem recheada de atividades e traz uma verdadeira imersão na cultura indígena, em especial a Pataxó. Rodas de conversas, contação de histórias, danças, grafismos e ilustrações, são algumas das ferramentas para promover o conhecimento e mostrar as expressões culturais do Festival. (Confira a programação abaixo). 

A curadora do evento, Joanna Savaglia revelou que a programação está incrível. “O que as pessoas podem esperar do Festival é ver a riqueza da cultura Pataxó; a inteligência que eles usam para interagir com a natureza;  o carinho, o envolvimento e a dedicação no relacionamento com a Mãe-Terra. Será uma linda experiência. Espero que todos os participantes possam aproveitar o máximo desse conhecimento e dessa troca com os convidados”, convida.

Barra Velha

Vizinha à Caraíva, a Terra Indígena de Barra Velha, conhecida como Aldeia ‘mãe’ guarda a sabedoria ancestral e foi a primeira morada Pataxó da região. Dali surgiram as outras aldeias que permeiam a Costa do Descobrimento. Rodeada pela Mata Atlântica e por paisagens belíssimas e mar, também se tornou destino turístico, que tem se organizado e entregue etno-vivências aos visitantes. 

A escolha da localidade e do tema – literatura indígena  – para o Festival, se dá pelo fato de que a população local ser, em grande parte, oriunda da miscigenação com a etnia indígena Pataxó e está em processo de resgate e transmissão da sua cultura.

Awe

Entre os momentos mais aguardados do Festival estão a oração indígena e o Awê Pataxó, a roda de conversa com Munduruku a apresentação dos Marujos Pataxó, Sambadores e Sambadeiras da Aldeia Barra Velha; Contação de Histórias em torno da fogueira, com Japira Pataxó, Maria Coruja e Dona Joana; o encontro dos coletivos Muká Mukaú e Caraíva Sem Assédio e a Roda de Leitura. 

Sairi Pataxó é o anfitrião do evento, que tem curadoria da produtora cultural Joanna Savaglia e Trudruá Dorrico. O nativo e morador da Aldeia Xandó, é autor do livro ‘Boitatá e Outros Casos de Índio’. 

Já Joanna tem uma longa história de amor pelo vilarejo, que teve início em 1993. A produtora é conhecida no meio literário, por suas participações na Flip – Festa Literária internacional de Paraty, onde atuou de 2011 a 2016 na e na Flup – Festa Literária das Periferias, trabalhando desde sua primeira edição, há 12 anos. ‘Devota’ da literatura, como meio de melhorar a vida das pessoas, Joanna e Sairi criaram o Festival como forma de mostrar como a literatura pode ajudar na educação dos jovens. 

Unidos a eles, está Trudruá Dorrico, que faz a curadoria do evento. A poeta, escritora, palestrante, curadora e pesquisadora de literatura indígena, Trudruá é doutora em Teoria da Literatura pela PUCRS, mestre em Estudos Literários e licenciada em Letras Português pela UNIR. Além disso, a escritora de ‘Eu Sou Macuxi e Outras Histórias, atua na difusão das culturas indígenas brasileiras.

Arrecadação

O Festival Caju de Leitores realiza, como em 2022, uma ação conjunta com o Coletivo Caraíva Sem Assédio para a arrecadação de absorventes, durante os dias do evento, que serão destinados à Aldeia Barra Velha. A iniciativa tem como intuito combater a pobreza menstrual.  

Gratuito, o Festival CAJU de Leitores tem patrocínio do Instituto Cultural Vale e da MMB Metals com incentivo da Lei Rouanet, Ministério da Cultura. Mais informações sobre o evento pelo site www.cajuleitores.com.br e pelo Instagram @cajuleitores. 

PROGRAMAÇÃO FESTIVAL CAJU DE LEITORES

Dia 4 – segunda-feira – Oca Tururim

15h – Abertura 

16h – Awê Pataxó

17h – Apresentação Teatral – Fogo de 51, com Escola Indígena Barra Velha

18h – Daniel Munduruku, Raoni Pataxó e Tapy Pataxó

Dia 5 – terça-feira – Oca Tururim

9h – Abertura 

9h15 – Auritha Tabajara conta Histórias

10h – Marcia Kambeba e Janaron Pataxó 

11h –  Grafismo com Janaron Pataxó

Das 12h às 14h – Intervalo

15h – Atividade Livre: autógrafos, fotos e entrevistas

16h – Daniel Munduruku e Arissana Pataxó

17h – Trudruá Dorrico e Janaron Pataxó

18h – Apresentação Musical – Marujos Pataxó Sambadores e Sambadeiras da Aldeia Barra Velha

Dia 6 – quarta-feira – Oca Tururim

Das 8h às 11h – Desfile Cívico

Das 12h às 14h – Intervalo

15h – Atividade Livre: autógrafos, fotos e entrevistas

16h – Homenagem ao Valdemy Sisnande – Roda de Conversa com Edite, Edilza, Edinho, Lomanto e Biriba

17h – Lute como a Língua Patxohã, com Awoy Pataxó, Raoni Pataxó e Arissana Pataxó

18h – Contação de Histórias com Japira Pataxó, Maria Coruja e Dona Joana (em torno da fogueira)

Dia 7 – quinta-feira – Oca Tururim

9h – Abertura 

9h15 – Japira Pataxó e Auritha Tabajara

10h – Contação de Histórias com Adriana Pesca e Sairi Pataxó

11h – Ilustração com Arissana Pataxó

Das 12h às 14h – Intervalo

15h – Atividade Livre: autógrafos, fotos e entrevistas

16h – Letramento indígena em Bibliotecas Comunitárias – Roda de Conversa com Rede Oxe de Bibliotecas Comunitárias do Estado da Bahia

17h – A oralidade e a escrita para o protagonismo jovem em ações socioambientais – Roda de Conversa com Coletivo Jovem Muká Mukaú e Coletivo Caraíva Sem Assédio

18h – Encerramento com Roda de Leitura (trechos de livros)

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2º Festival Caju de Leitores tem início nesta segunda-feira, dia 4

Por Redação Oxarope
02/09/2023 - 00h52 - Atualizado 3 de setembro de 2023

Publicado em

dc9c81e8-2f2e-4c89-9c6e-e30982063f80

E a Oca Tururim já está preparada para ouvir novas histórias ancestrais, que serão contadas a partir desta segunda-feira, dia 4, no 2º Festival Caju de Leitores. Localizada na Aldeia Xandó, Terra Indígena da Barra Velha, vizinha de Caraíva, distrito de Porto Seguro (BA), o espaço receberá cerca de 10 autores indígenas que, além das histórias, contam também suas vivências e compartilham conhecimento. 

Mas não para por aí! Essa segunda edição vem recheada de atividades e traz uma verdadeira imersão na cultura indígena, em especial a Pataxó. Rodas de conversas, contação de histórias, danças, grafismos e ilustrações, são algumas das ferramentas para promover o conhecimento e mostrar as expressões culturais do Festival. (Confira a programação abaixo). 

A curadora do evento, Joanna Savaglia revelou que a programação está incrível. “O que as pessoas podem esperar do Festival é ver a riqueza da cultura Pataxó; a inteligência que eles usam para interagir com a natureza;  o carinho, o envolvimento e a dedicação no relacionamento com a Mãe-Terra. Será uma linda experiência. Espero que todos os participantes possam aproveitar o máximo desse conhecimento e dessa troca com os convidados”, convida.

Barra Velha

Vizinha à Caraíva, a Terra Indígena de Barra Velha, conhecida como Aldeia ‘mãe’ guarda a sabedoria ancestral e foi a primeira morada Pataxó da região. Dali surgiram as outras aldeias que permeiam a Costa do Descobrimento. Rodeada pela Mata Atlântica e por paisagens belíssimas e mar, também se tornou destino turístico, que tem se organizado e entregue etno-vivências aos visitantes. 

A escolha da localidade e do tema – literatura indígena  – para o Festival, se dá pelo fato de que a população local ser, em grande parte, oriunda da miscigenação com a etnia indígena Pataxó e está em processo de resgate e transmissão da sua cultura.

Awe

Entre os momentos mais aguardados do Festival estão a oração indígena e o Awê Pataxó, a roda de conversa com Munduruku a apresentação dos Marujos Pataxó, Sambadores e Sambadeiras da Aldeia Barra Velha; Contação de Histórias em torno da fogueira, com Japira Pataxó, Maria Coruja e Dona Joana; o encontro dos coletivos Muká Mukaú e Caraíva Sem Assédio e a Roda de Leitura. 

Sairi Pataxó é o anfitrião do evento, que tem curadoria da produtora cultural Joanna Savaglia e Trudruá Dorrico. O nativo e morador da Aldeia Xandó, é autor do livro ‘Boitatá e Outros Casos de Índio’. 

Já Joanna tem uma longa história de amor pelo vilarejo, que teve início em 1993. A produtora é conhecida no meio literário, por suas participações na Flip – Festa Literária internacional de Paraty, onde atuou de 2011 a 2016 na e na Flup – Festa Literária das Periferias, trabalhando desde sua primeira edição, há 12 anos. ‘Devota’ da literatura, como meio de melhorar a vida das pessoas, Joanna e Sairi criaram o Festival como forma de mostrar como a literatura pode ajudar na educação dos jovens. 

Unidos a eles, está Trudruá Dorrico, que faz a curadoria do evento. A poeta, escritora, palestrante, curadora e pesquisadora de literatura indígena, Trudruá é doutora em Teoria da Literatura pela PUCRS, mestre em Estudos Literários e licenciada em Letras Português pela UNIR. Além disso, a escritora de ‘Eu Sou Macuxi e Outras Histórias, atua na difusão das culturas indígenas brasileiras.

Arrecadação

O Festival Caju de Leitores realiza, como em 2022, uma ação conjunta com o Coletivo Caraíva Sem Assédio para a arrecadação de absorventes, durante os dias do evento, que serão destinados à Aldeia Barra Velha. A iniciativa tem como intuito combater a pobreza menstrual.  

Gratuito, o Festival CAJU de Leitores tem patrocínio do Instituto Cultural Vale e da MMB Metals com incentivo da Lei Rouanet, Ministério da Cultura. Mais informações sobre o evento pelo site www.cajuleitores.com.br e pelo Instagram @cajuleitores. 

PROGRAMAÇÃO FESTIVAL CAJU DE LEITORES

Dia 4 – segunda-feira – Oca Tururim

15h – Abertura 

16h – Awê Pataxó

17h – Apresentação Teatral – Fogo de 51, com Escola Indígena Barra Velha

18h – Daniel Munduruku, Raoni Pataxó e Tapy Pataxó

Dia 5 – terça-feira – Oca Tururim

9h – Abertura 

9h15 – Auritha Tabajara conta Histórias

10h – Marcia Kambeba e Janaron Pataxó 

11h –  Grafismo com Janaron Pataxó

Das 12h às 14h – Intervalo

15h – Atividade Livre: autógrafos, fotos e entrevistas

16h – Daniel Munduruku e Arissana Pataxó

17h – Trudruá Dorrico e Janaron Pataxó

18h – Apresentação Musical – Marujos Pataxó Sambadores e Sambadeiras da Aldeia Barra Velha

Dia 6 – quarta-feira – Oca Tururim

Das 8h às 11h – Desfile Cívico

Das 12h às 14h – Intervalo

15h – Atividade Livre: autógrafos, fotos e entrevistas

16h – Homenagem ao Valdemy Sisnande – Roda de Conversa com Edite, Edilza, Edinho, Lomanto e Biriba

17h – Lute como a Língua Patxohã, com Awoy Pataxó, Raoni Pataxó e Arissana Pataxó

18h – Contação de Histórias com Japira Pataxó, Maria Coruja e Dona Joana (em torno da fogueira)

Dia 7 – quinta-feira – Oca Tururim

9h – Abertura 

9h15 – Japira Pataxó e Auritha Tabajara

10h – Contação de Histórias com Adriana Pesca e Sairi Pataxó

11h – Ilustração com Arissana Pataxó

Das 12h às 14h – Intervalo

15h – Atividade Livre: autógrafos, fotos e entrevistas

16h – Letramento indígena em Bibliotecas Comunitárias – Roda de Conversa com Rede Oxe de Bibliotecas Comunitárias do Estado da Bahia

17h – A oralidade e a escrita para o protagonismo jovem em ações socioambientais – Roda de Conversa com Coletivo Jovem Muká Mukaú e Coletivo Caraíva Sem Assédio

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