Em entrevista exclusiva ao jornal The Washington Post, o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, afirmou que “não recuo nem um milímetro” diante das sanções e críticas do governo dos Estados Unidos. Reforçando sua atuação firme no caso do ex-presidente Jair Bolsonaro, Moraes disse:

“Vamos fazer o que é certo: quem deve ser condenado será condenado, e quem deve ser absolvido será absolvido.”
A gênese das tensões
Tudo começou com as investigações lideradas por Moraes sobre fake news e ameaças ao Estado democrático. Entre suas ações mais emblemáticas estão a suspensão de redes sociais, prisão de figuras políticas e, mais recentemente, a prisão domiciliar de Bolsonaro por descumprimento de medidas judiciais.
Reação dos EUA
Em represália, o governo Trump impôs sanções robustas contra Moraes, incluindo:
- Revogação do visto americano,
- Tarifas elevadas sobre produtos brasileiros,
- Aplicação da Lei Magnitsky para congelamento de ativos e proibição de transações nos EUA.
“Xerife da democracia”
Descrito pelo Washington Post como um “xerife da democracia”, Moraes recebeu amplo respaldo judicial: mais de 700 de suas decisões foram mantidas pelo Supremo Tribunal Federal, consolidando sua imagem de autoridade incontestável na proteção do regime democrático.
O choque diplomático
As sanções se inserem num contexto mais amplo de crise entre Brasil e Estados Unidos, incluindo tarifas elevadas (até 50%) sobre produtos brasileiros e recíprocas retaliações diplomáticas. O Brasil contesta o caráter político das ações e defende sua soberania judicial.
O discurso de Moraes ao Washington Post não apenas reafirma sua postura frente a pressões internacionais, mas também representa um momento simbólico da resposta institucional brasileira à ingerência externa em assuntos internos e ao direito inalienável do país à justiça independente.
Informações: By Terrence McCoy and Marina Dias washingtonpost.com/world/2025/08/18/brazil-moraes-judge-trump-bolsonaro/?utm_source=chatgpt.com