
Mais de 21,2 mil novas moradias populares poderão ser contratadas em 2025 por entidades sem fins lucrativos em todo o Brasil, por meio do Minha Casa, Minha Vida – Entidades. A Bahia se destaca no Nordeste com 1.978 unidades previstas.
O Ministério das Cidades (MCid) publicou a Portaria nº 927/2025, que regulamenta a meta de contratações do Minha Casa, Minha Vida – Entidades para este ano. As unidades serão construídas em áreas urbanas, com recursos do Fundo de Desenvolvimento Social (FDS), e poderão ser contratadas por entidades habilitadas em diferentes modalidades, como produção de unidades novas, requalificação de imóveis e aquisição de terrenos.
O edital também prevê prioridade para projetos apresentados em imóveis da União, dentro do programa Imóvel da Gente, que já disponibilizou 72 terrenos e edifícios com potencial para cerca de 8 mil moradias populares.
O programa se torna uma das principais frentes do Governo Federal para enfrentar o déficit habitacional, democratizar o acesso à moradia digna e garantir que imóveis da União ociosos sejam convertidos em habitação social.
Para mim, o que mais chama atenção é como os números mostram um esforço para equilibrar a distribuição regional, mas ainda assim reforçam a força de estados populosos como São Paulo (3.211 unidades) e Bahia (1.978 unidades), que puxam a fila de investimentos.
Números por Região e Estado
- Centro-Oeste – 1.566 unidades
- DF: 396
- Goiás: 651
- Mato Grosso: 302
- Mato Grosso do Sul: 217
- Nordeste – 7.863 unidades
- Alagoas: 471
- Bahia: 1.978
- Ceará: 1.021
- Maranhão: 1.315
- Paraíba: 614
- Pernambuco: 988
- Piauí: 578
- Rio Grande do Norte: 497
- Sergipe: 401
- Norte – 2.706 unidades
- Acre: 100
- Amapá: 186
- Amazonas: 612
- Pará: 1.191
- Rondônia: 350
- Roraima: 119
- Tocantins: 148
- Sudeste – 7.071 unidades
- Espírito Santo: 284
- Minas Gerais: 1.941
- Rio de Janeiro: 1.635
- São Paulo: 3.211
- Sul – 2.076 unidades
- Paraná: 696
- Rio Grande do Sul: 1.160
- Santa Catarina: 220
Total geral: 21.282 unidades

O ministro das Cidades reforçou a prioridade do governo em ampliar o acesso à moradia popular:
“Esse edital mostra o compromisso de transformar imóveis ociosos em oportunidade de vida digna para milhares de famílias brasileiras. Estamos focados em acelerar a entrega de casas e combater o déficit habitacional”, afirmou em nota.
O destaque do edital é o uso estratégico do Imóvel da Gente, que transforma terrenos e prédios da União em moradia social. A ideia é simples, mas poderosa: colocar patrimônio público a serviço do povo.
No entanto, o sucesso da iniciativa dependerá da agilidade das entidades em apresentar projetos e da capacidade do governo em viabilizar os recursos sem entraves burocráticos.
Com mais de 21 mil moradias previstas, o Minha Casa, Minha Vida – Entidades abre 2025 como uma das principais políticas sociais do país. Estados como Bahia e São Paulo lideram em volume de unidades, mas o alcance nacional mostra que a habitação social continua sendo prioridade no combate à desigualdade.