
Bahia registra quase 3,5 mil atendimentos no Mutirão do SUS
O Mutirão do Agora Tem Especialistas realizou 3.499 atendimentos na Bahia no último sábado (13), entre cirurgias, consultas e exames, em dois hospitais universitários federais de Salvador. A ação nacional tem como objetivo reduzir as filas do Sistema Único de Saúde (SUS).
A iniciativa envolveu os hospitais Professor Edgard Santos (Hupes/UFBA) e Maternidade Climério de Oliveira (MCO/UFBA).
- No Hupes, foram 50 cirurgias eletivas e 1.694 exames e procedimentos, totalizando 1.744 atendimentos.
- Na MCO, houve 4 cirurgias, 280 consultas e 1.471 exames e procedimentos, somando 1.755 atendimentos.
O mutirão faz parte do programa Agora Tem Especialistas, em parceria com o Ministério da Saúde (MS) e a Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh), que reúne hospitais universitários federais em todo o país.
Na segunda edição do mutirão, o Brasil superou as expectativas: foram 34.290 procedimentos realizados, contra os 29 mil previstos inicialmente. O número representa um aumento de 175% em relação à primeira edição, em julho.
Para a população, isso significa acesso mais rápido a exames, consultas e cirurgias que muitas vezes levam meses ou anos de espera no SUS. Como destacou o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, “estamos falando de centenas de tipos de cirurgias, inclusive complexas, e de exames como tomografia, ressonância e ultrassonografia”.
a possibilidade de o povo mais pobre ter direito a especialistas. A doença não espera. Esse programa garante atendimento na qualidade que o povo precisa.”, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva acompanhou o mutirão em Brasília e destacou a importância da ação.
“É a maior rede de hospitais públicos do Sul Global. Estamos trazendo dignidade e oportunidade para quem espera até mais de um ano por um exame ou cirurgia.” 0 o ministro da Educação, Camilo Santana, reforçou o alcance da mobilização
Já o presidente da Ebserh, Arthur Chioro, anunciou a meta de ampliar em 40% a produção cirúrgica dos hospitais universitários.
Enquanto as autoridades celebram os números, o que realmente importa para a população é sentir a diferença na vida real. Para quem aguarda meses por uma cirurgia de catarata ou uma consulta de oncologia, cada mutirão representa esperança concreta.
Na prática, é mais do que estatística: são histórias de pessoas que voltam a enxergar, retomam o tratamento de uma doença ou simplesmente encontram alívio após longa espera. O desafio, no entanto, é transformar o caráter emergencial em política contínua.
Com 3.499 atendimentos na Bahia e mais de 34 mil em todo o país, o mutirão mostrou capacidade de mobilização e resultados expressivos. O próximo “Dia E” já tem data marcada: dezembro. Até lá, a expectativa é que os hospitais universitários mantenham o ritmo e que as filas do SUS continuem diminuindo.