Uma das principais representantes na luta pela igualdade racial, a secretária Ângela Guimarães representou o Governo da Bahia na abertura da abertura da 6ª Conferência da Diáspora Africana nas Américas, ontem (29), na Reitoria da Ufba, em Salvador. À frente da secretária de Promoção da Igualdade Racial e dos Povos e Comunidades Tradicionais da Bahia – Sepromi, a cientista social foi muito aplaudida em seu discurso de abertura para uma grande plateia, formada por intelectuais, pesquisadores, ativistas e políticos do Brasil, de países africanos e da América e o público em geral.
Na cerimônia de abertura, a secretária Ângela Guimarães se destacou na mesa ao lado de Robert Dussey, chanceler do Togo; Anielle Franco, ministra da Igualdade Racial; Margareth Menezes, ministra da Cultura; Sílvio Almeida, ministro dos Direitos Humanos e da Cidadania; Paulo Miguez, reitor da UFBa; e Márcio Macedo, da Secretaria Geral da Presidência; e Richard Santos, professor de Artes e Comunicação da Universidade Federal do Sul da Bahia.
Em seu discurso, Ângela afirmou ainda que o Brasil tem um papel estratégico nessa luta global pelo pan-africanismo, principalmente por ser um país com a maior população negra fora da África, destacando Salvador como uma cidade afro. “A diplomacia, cooperação técnica, educacional, científica e tecnológica e os intercâmbios culturais, são ferramentas poderosas que devemos usar para construir pontes e desenvolver parcerias que beneficiem nossas comunidades em ambos os lados do Atlântico”.
A secretária da Sepromi destacou ainda que “o pan-africanismo é a expressão concreta da nossa unidade enquanto povo, independente das fronteiras geográficas que nos separam. É a compreensão de que partilhamos uma história comum de resistência, de lutas e de conquistas e que juntas somos mais fortes na busca por um mundo mais justo e equitativo”, afirmou Ângela.
Ângela participará dos encontros que serão realizados nesta sexta-feira (30), no Wish Hotel da Bahia; e no sábado (31), no Centro de Convenções Salvador, nos quais serão discutidas as propostas sobre panafricanismo, memória, restituição, reparação e reconstrução. A conclusões dos debates serão entregues com as propostas que serão apresentadas no 9ª Congresso Pan-Africano, que será realizado entre 29 de outubro a 2 de novembro, em Togo.
A Conferência da Diáspora Africana nas Américas é realizada pela União Africana e Governo do Togo, em parceria com o Governo Federal e Governo do Estado da Bahia, com o apoio da Universidade Federal da Bahia e do Instituto Brasil-África, vai reunir na capital baiana chefes de estado e representantes de países da África, das Américas e do Caribe.
Por: Jamil Moreira Castro