Bahia abre 4.449 empregos formais em outubro e ultrapassa 104 mil vagas no ano. Veja os setores que mais contrataram e os municípios que lideram.
A Bahia criou 4.449 novos empregos com carteira assinada em outubro de 2025. Com isso, o estado chegou a um saldo acumulado de 104.333 postos formais no ano, segundo dados do Novo Caged divulgados nesta quinta-feira pelo Ministério do Trabalho.

Entre janeiro e outubro de 2025, o Brasil criou mais de 1,8 milhão de empregos formais, com saldos positivos em todos os estados e setores. Na Bahia, o crescimento foi puxado principalmente pelo setor de Serviços, responsável por 3.453 vagas em outubro. Em seguida vieram a Construção, com 1.688 novos postos, e o Comércio, com 1.151.
Por outro lado, Agropecuária e Indústria apresentaram queda no número de empregos, com saldos negativos de 800 e 1.043 vagas, respectivamente.
O crescimento do emprego formal representa melhora na economia e mais estabilidade para milhares de famílias baianas. Em outubro, a maioria das vagas criadas no estado foi ocupada por mulheres, que preencheram 3.438 postos. Os homens ocuparam 1.011.
Pessoas com ensino médio completo foram as mais empregadas, com 6.222 vagas. O grupo de 18 a 24 anos lidera entre as faixas etárias, com saldo de 4.842 novos postos.
Lauro de Freitas teve o melhor desempenho entre os municípios baianos, com 2.222 novas vagas. Salvador aparece em segundo lugar, com 1.301 empregos, seguida por Camaçari (858), Ubaíra (496) e Feira de Santana (384).
“O saldo positivo de empregos na Bahia reforça a importância dos investimentos em serviços e construção civil. São setores que continuam puxando a recuperação do mercado de trabalho”, afirmou um técnico do Ministério do Trabalho ao divulgar os dados.
No Brasil, o mês de outubro terminou com saldo de 85.147 novos empregos formais. A maior parte das vagas foi gerada no setor de Serviços, com 82.436 postos, seguido pelo Comércio, com 25.592. A Construção, Agropecuária e Indústria apresentaram retração.

O salário médio real de admissão no país foi de R$ 2.304,31, com aumento de R$ 17,28 em relação ao mês anterior.
Mais de 100 mil novos empregos formais em um único estado, em dez meses, não é pouca coisa. Para mim, o que se destaca nesse número não é apenas a geração de postos, mas quem está ocupando esses espaços. Jovens, mulheres e pessoas com ensino médio completo estão no centro da retomada do emprego na Bahia.
Isso mostra que políticas públicas voltadas à inclusão produtiva estão começando a refletir nos dados. Mas também evidencia onde estão os maiores gargalos: a Indústria segue perdendo força, e o campo ainda enfrenta dificuldades.
Enquanto a economia baiana reage, o desafio agora é transformar o emprego formal em qualidade de vida real, com renda digna, capacitação e mobilidade social. Criar é só o primeiro passo. Garantir permanência e dignidade vem logo depois.
A Bahia encerra outubro com saldo positivo no mercado de trabalho formal e já soma mais de 104 mil novas vagas em 2025. Os números confirmam a força do setor de serviços e a necessidade de atenção aos setores que ainda perdem postos. O cenário é promissor, mas exige continuidade, planejamento e foco nas pessoas.


















