Salvador se tornou o centro da mineração nacional nesta segunda-feira (27), com a abertura da Exposibram 2025. O evento contou com a presença da FIEB, que reforçou a importância da Bahia no cenário mineral e nas agendas de inovação e sustentabilidade.

A Exposibram 2025, considerada uma das maiores feiras de mineração já realizadas na Bahia, ocupa todo o Centro de Convenções de Salvador. O evento reúne empresas, especialistas e autoridades para debater os caminhos do setor mineral e suas conexões com o desenvolvimento sustentável. A presença maciça do setor reforça a importância econômica e estratégica da mineração para o Brasil.
Durante a abertura, Carlos Henrique de Oliveira Passos, presidente da Federação das Indústrias do Estado da Bahia (FIEB), destacou a força do setor e o protagonismo baiano. “A Exposibram ocupa praticamente todo o espaço do Centro de Convenções, o que demonstra a força e o tamanho da mineração”, afirmou.
Para além dos números, o que está em jogo é o futuro da industrialização da Bahia e sua inserção em cadeias produtivas globais mais sustentáveis. O estado se destaca por ter uma ampla diversidade de minérios o que amplia suas possibilidades de transformação local e geração de empregos.
“Temos reservas minerais em abundância e de vários tipos, o que dá uma versatilidade muito importante”, afirmou Passos. Além disso, a abundância de energia renovável no estado permite associar mineração à produção sustentável, uma exigência cada vez mais forte do mercado internacional.
Para mim, o que mais chama atenção é como a mineração pode ser um vetor de inclusão econômica em diferentes regiões do estado, mas isso exige articulação entre governos, empresas e instituições de ensino.
A fala do presidente da FIEB foi reforçada pelo papel integrado das entidades que compõem o Sistema Indústria na Bahia: SENAI, SESI, IEL e Cimatec.
Segundo Passos, o SENAI atua na formação de mão de obra qualificada e no aproveitamento inteligente dos minérios e resíduos. O Cimatec avança com soluções em inovação e economia circular. O SESI contribui com saúde e segurança do trabalho. Já o IEL prepara fornecedores locais e estimula a inovação com programas como o Inova Talento.
“O setor estimula infraestrutura, demanda mão de obra e fomenta cadeias produtivas locais. Esse é um desafio e uma grande oportunidade para o estado”, finalizou.
A Bahia não pode perder esse momento. Enquanto o mundo busca novas fontes minerais e exige responsabilidade ambiental, o estado tem a chance de ocupar um espaço estratégico não só como exportador de minérios brutos, mas como centro de inovação e transformação.
Enquanto Brasília debate projetos de lei e investidores disputam ativos, quem sente o impacto são as cidades do interior, onde a mineração pode significar escolas funcionando, empregos formais e desenvolvimento local. Mas é preciso vigilância, fiscalização e planejamento de longo prazo.
A Exposibram 2025 escancarou o que muitos já sabiam: a Bahia é potência mineral. Mas mais do que celebrar esse potencial, é hora de transformá-lo em oportunidade real para os baianos com inovação, inclusão e sustentabilidade no centro da estratégia.

















