
O custo da cesta básica caiu em 24 das 27 capitais brasileiras em agosto de 2025. Em Salvador, a redução foi de -2,97% em relação a julho, com destaque para a queda nos preços de tomate, arroz agulhinha e feijão carioca, de acordo com análise da Conab e do DIEESE.
A Pesquisa Nacional de Preços da Cesta Básica de Alimentos, realizada em parceria pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) e pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (DIEESE), mostrou que o preço médio da cesta em Salvador chegou a R$ 616,23 no mês passado.
Dos 12 itens avaliados, oito ficaram mais baratos. Esse movimento acompanha a tendência nacional: em 24 capitais houve queda, com destaque para Maceió (-4,10%), Recife (-4,02%) e João Pessoa (-4,00%).
Na capital baiana, os maiores destaques de redução foram:
- Tomate: -17,46%
- Arroz agulhinha: -3,61%
- Feijão carioca: -3,31%
- Açúcar cristal: -2,55%
- Café em pó: -2,49%
- Carne bovina de primeira: -1,24%
- Leite integral: -1,19%
- Pão francês: -0,67%
No acumulado de 2025 (até agosto), o arroz agulhinha foi o campeão de queda, com -19,74%, seguido do óleo de soja (-11,80%) e do leite integral (-7,63%).
O estudo aponta que:
- Tomate caiu em 25 capitais, com destaque para Brasília (-26,83%).
- Arroz agulhinha recuou em 25 cidades, sendo maior em Macapá (-8,78%).
- Feijão (carioca e preto) teve queda em 25 capitais, como Rio de Janeiro (-6,99%).
- Batata diminuiu em quase todas as cidades, exceto em Belo Horizonte (2,62%).
- Açúcar cristal caiu em 22 capitais, principalmente em Manaus (-5,84%).
- Café em pó baixou em 24 cidades, com destaque para Brasília (-5,50%).
- Carne bovina apresentou queda em 18 capitais, mesmo com exportações em alta.
- Óleo de soja teve movimento misto: caiu em 8 capitais, mas subiu em 17.
Para mim, o que chama atenção é que a queda no preço da cesta não significa necessariamente alívio no bolso da população. Muitos alimentos ainda seguem caros, e produtos como óleo de soja e carne bovina continuam pressionados pela demanda internacional.
Enquanto os números mostram variações, na mesa do consumidor a percepção é de instabilidade — um mês com pequenas quedas pode ser seguido de novas altas. É por isso que acompanhar esses dados é fundamental para entender o impacto direto na alimentação diária das famílias.
Em Salvador, a cesta básica ficou mais barata em agosto, puxada por itens essenciais como tomate, arroz e feijão. Ainda assim, os desafios permanecem: oscilações de preço, influência do mercado externo e a necessidade de políticas públicas que garantam segurança alimentar.