Com prévia de apenas 0,04%, RM Salvador tem terceira menor inflação do país; combustíveis e energia elétrica ajudaram a conter alta de preços
Em novembro, a inflação medida pelo IPCA-15 na Região Metropolitana de Salvador teve uma leve alta de 0,04%, revertendo a deflação registrada em outubro. Mesmo assim, a capital baiana continua entre as que apresentam menor pressão inflacionária no Brasil.
O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15), divulgado pelo IBGE, revelou que Salvador teve a terceira menor inflação entre as 11 regiões metropolitanas pesquisadas. A média nacional foi de 0,20%. Apenas Belo Horizonte (-0,05%) e Curitiba (0,03%) tiveram índices menores que Salvador.
No acumulado do ano, a RM Salvador soma alta de 3,38%, abaixo do índice nacional de 4,15% e o segundo menor do país, atrás apenas do Rio de Janeiro (3,12%). Em 12 meses, o acumulado está em 4,06%, também abaixo da média nacional de 4,50%.

O baixo índice de inflação é um indicativo importante para o poder de compra da população. Mesmo com a leve alta em novembro, a RM Salvador vem conseguindo manter um controle maior sobre os preços, especialmente em áreas essenciais como combustíveis e energia elétrica.
Para mim, o que mais chama atenção é como itens cotidianos — como gasolina, energia e eletrodomésticos — conseguem exercer grande impacto no orçamento das famílias. A inflação está nos detalhes, e uma pequena alta ou queda pode fazer muita diferença na vida real de quem vive com orçamento apertado.
Quatro dos nove grupos de produtos e serviços analisados apresentaram aumento em novembro, com destaque para:

Despesas pessoais (0,89%), puxadas por recreação (1,85%) e hospedagem (4,16%);
Saúde e cuidados pessoais (0,40%), com destaque para plano de saúde (0,50%) e perfume (1,38%).
Por outro lado, os maiores freios na inflação vieram de:
Transportes (-0,42%), influenciados principalmente pela gasolina (-1,82%) e etanol (-4,45%);
Habitação (-0,32%), puxada pela queda na energia elétrica (-0,95%);
Artigos de residência (-1,00%), com destaque para queda nos preços de televisores (-3,01%).
Apesar da deflação em transportes, a passagem aérea foi o item com maior alta individual (+6,49%).

Enquanto o Brasil luta para controlar os efeitos da inflação em diversos setores, Salvador dá sinais de estabilidade e isso deve ser valorizado. O desafio, agora, é manter essa trajetória em um contexto econômico ainda instável nacionalmente.
É importante observar que, mesmo com uma inflação mais contida, o custo de vida segue alto para boa parte da população. Baixa inflação não significa automaticamente vida barata. Mas já é um alívio importante num cenário em que cada centavo faz diferença no fim do mês.

A prévia da inflação em Salvador mostra um equilíbrio importante. Apesar de pressões em setores como recreação e saúde, o peso do combustível e da energia ajudou a manter os preços sob controle. O desafio é manter esse ritmo até o fim do ano, garantindo mais previsibilidade para o bolso dos soteropolitanos.


















