Inflação em Salvador registra deflação de -0,08% em agosto, puxada por alimentos e energia

Pela primeira vez em mais de um ano, Salvador registra deflação no IPCA. Alimentos e energia elétrica foram os principais responsáveis pela queda.

Por Marcelo oXarope
10/09/2025

Publicado em - -

Noticia oXarope 09092502inlfação

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) da Região Metropolitana de Salvador registrou deflação de -0,08% em agosto, segundo dados do IBGE divulgados nesta terça-feira (10). É a primeira queda de preços desde junho de 2024.

A deflação da Região Metropolitana de Salvador foi menos intensa que a do Brasil como um todo (-0,11%) e ficou na 11ª posição entre as 16 áreas pesquisadas. No acumulado do ano, a inflação local está em 2,94%, abaixo da média nacional (3,15%).

Nos últimos 12 meses, o índice acumulado foi de 4,94%, também inferior ao nacional (5,13%).

As maiores quedas foram registradas em Goiânia (-0,40%), Porto Alegre (-0,40%) e Rio de Janeiro (-0,34%). Já Vitória (0,23%), Brasília (0,11%) e São Paulo (0,10%) foram as únicas áreas com alta nos preços.

A deflação em Salvador foi puxada principalmente por dois grupos:

  • Alimentação e bebidas (-1,11%): terceira queda mensal seguida e a mais intensa em um ano. Tomate (-17,27%), cebola (-23,49%) e carnes (-2,29%) lideraram as baixas.
  • Habitação (-0,84%): a queda foi influenciada principalmente pela energia elétrica residencial (-4,49%), item que mais reduziu o IPCA da região.

Por outro lado, alguns grupos frearam a queda:

  • Saúde e cuidados pessoais (0,70%), impulsionada por produtos de higiene (1,17%).
  • Despesas pessoais (0,80%), com destaque para jogos de azar (3,60%).
  • Vestuário (1,09%), com alta nas roupas femininas (1,40%).
  • Transportes (0,28%), pressionados pela alta da gasolina (1,25%).

Segundo o IBGE, a deflação indica uma desaceleração do custo de vida para as famílias, especialmente nas despesas mais pesadas do orçamento, como alimentação e energia. Contudo, grupos como saúde e transportes mostram que a pressão sobre o consumidor ainda persiste.

Para mim, o dado mais revelador é que a deflação não significa alívio total no bolso da população. O tomate e a cebola até ficaram mais baratos, mas a gasolina e os itens de saúde mantêm a conta do dia a dia pesada.

É como se a inflação tivesse mudado de lugar: ela sai da feira e da conta de luz e aparece na farmácia, no posto e até no jogo do bicho.

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), que mede a inflação das famílias com renda de até 5 salários mínimos, também registrou deflação na Região Metropolitana de Salvador em agosto (-0,15%), a segunda consecutiva.

Apesar disso, o índice ainda acumula alta de 2,93% no ano e de 4,94% em 12 meses, igualmente abaixo da média nacional.

A deflação de agosto em Salvador reflete o peso da alimentação e da energia elétrica no orçamento familiar. Ainda que os preços tenham recuado em alguns setores, o quadro geral mostra uma economia com oscilações e impactos diferentes para cada grupo de consumidores.

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Pela primeira vez em mais de um ano, Salvador registra deflação no IPCA. Alimentos e energia elétrica foram os principais responsáveis pela queda.

Por Marcelo oXarope
10/09/2025 - 14h48 - Atualizado 10 de setembro de 2025

Publicado em - -

Noticia oXarope 09092502inlfação

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) da Região Metropolitana de Salvador registrou deflação de -0,08% em agosto, segundo dados do IBGE divulgados nesta terça-feira (10). É a primeira queda de preços desde junho de 2024.

A deflação da Região Metropolitana de Salvador foi menos intensa que a do Brasil como um todo (-0,11%) e ficou na 11ª posição entre as 16 áreas pesquisadas. No acumulado do ano, a inflação local está em 2,94%, abaixo da média nacional (3,15%).

Nos últimos 12 meses, o índice acumulado foi de 4,94%, também inferior ao nacional (5,13%).

As maiores quedas foram registradas em Goiânia (-0,40%), Porto Alegre (-0,40%) e Rio de Janeiro (-0,34%). Já Vitória (0,23%), Brasília (0,11%) e São Paulo (0,10%) foram as únicas áreas com alta nos preços.

A deflação em Salvador foi puxada principalmente por dois grupos:

  • Alimentação e bebidas (-1,11%): terceira queda mensal seguida e a mais intensa em um ano. Tomate (-17,27%), cebola (-23,49%) e carnes (-2,29%) lideraram as baixas.
  • Habitação (-0,84%): a queda foi influenciada principalmente pela energia elétrica residencial (-4,49%), item que mais reduziu o IPCA da região.

Por outro lado, alguns grupos frearam a queda:

  • Saúde e cuidados pessoais (0,70%), impulsionada por produtos de higiene (1,17%).
  • Despesas pessoais (0,80%), com destaque para jogos de azar (3,60%).
  • Vestuário (1,09%), com alta nas roupas femininas (1,40%).
  • Transportes (0,28%), pressionados pela alta da gasolina (1,25%).

Segundo o IBGE, a deflação indica uma desaceleração do custo de vida para as famílias, especialmente nas despesas mais pesadas do orçamento, como alimentação e energia. Contudo, grupos como saúde e transportes mostram que a pressão sobre o consumidor ainda persiste.

Para mim, o dado mais revelador é que a deflação não significa alívio total no bolso da população. O tomate e a cebola até ficaram mais baratos, mas a gasolina e os itens de saúde mantêm a conta do dia a dia pesada.

É como se a inflação tivesse mudado de lugar: ela sai da feira e da conta de luz e aparece na farmácia, no posto e até no jogo do bicho.

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), que mede a inflação das famílias com renda de até 5 salários mínimos, também registrou deflação na Região Metropolitana de Salvador em agosto (-0,15%), a segunda consecutiva.

Apesar disso, o índice ainda acumula alta de 2,93% no ano e de 4,94% em 12 meses, igualmente abaixo da média nacional.

A deflação de agosto em Salvador reflete o peso da alimentação e da energia elétrica no orçamento familiar. Ainda que os preços tenham recuado em alguns setores, o quadro geral mostra uma economia com oscilações e impactos diferentes para cada grupo de consumidores.

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