
Após o tarifaço de 50% imposto pelos Estados Unidos, o presidente Lula respondeu às declarações de Donald Trump com firmeza, reafirmou estar disposto a conversar, mas deixou claro que não aceitará imposições ou desrespeito à soberania brasileira.
A medida anunciada por Trump aumenta drasticamente os custos de exportação de produtos brasileiros. Segundo o ex-presidente americano, o tarifaço é uma resposta às “coisas erradas” feitas por quem governa o Brasil, citando críticas ao ministro Alexandre de Moraes e à regulação das big techs. Apesar do impacto, quase 700 produtos foram isentados, indicando um critério mais político do que econômico.
Lula publicou em sua conta no X que “sempre estivemos abertos ao diálogo”, mas destacou que trabalha para proteger a economia nacional. O governo brasileiro quer garantias de que uma conversa direta com Trump seja respeitosa e produtiva, e evita exposição pública sem segurança diplomática.
Desde o início das tensões, ministros como Fernando Haddad, Mauro Vieira e Geraldo Alckmin intensificaram o contato com autoridades americanas. Em julho, foi criado um comitê interministerial que já promoveu 27 reuniões envolvendo representantes públicos, privados e até empresas norte-americanas.
O conflito comercial entre Brasil e Estados Unidos transcende a economia e revela um embate político entre lideranças com históricos de antagonismo. Lula sinaliza disposição para o diálogo, mas com limites claros: soberania, respeito e reciprocidade.