A Pesquisa Nacional da Cesta Básica de Alimentos, divulgada nesta quarta-feira (9) pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) em parceria com o Dieese, mostrou que o custo da cesta básica caiu em 22 das 27 capitais brasileiras entre agosto e setembro de 2025.
Salvador ficou entre as capitais com os menores valores: R$ 601,74. Apenas Aracaju (R$ 552,65) e Maceió (R$ 593,17) registraram valores mais baixos. A redução na capital baiana foi de -2,35%.
A pesquisa foi expandida este ano para abranger todas as capitais brasileiras, reforçando políticas de segurança alimentar.
A queda no preço da cesta básica representa um alívio no orçamento de milhares de famílias soteropolitanas. Em Salvador, seis dos doze itens pesquisados apresentaram queda, com destaque para o tomate (-19,13%), banana (-2,59%) e arroz agulhinha (-0,33%).
Para mim, o que mais chama atenção é como decisões estruturais — como estímulo à produção e monitoramento de abastecimento — têm impacto direto na mesa do cidadão comum. Menos inflação nos alimentos significa mais comida no prato.
“Esses resultados mostram que as ações do Governo do Brasil na área de abastecimento e apoio à produção estão surtindo efeito. Garantir comida de qualidade e com preço justo é uma prioridade”, afirmou Edegar Pretto, presidente da Conab.
A nível nacional, a maior queda foi registrada em Fortaleza (-6,31%). O tomate, por exemplo, caiu em 26 das 27 capitais pesquisadas. A safra robusta foi decisiva para isso.
Já o arroz agulhinha teve redução em 25 capitais, puxado por uma produção recorde. Em Salvador, o produto acumula queda de -20,01% no ano e -21,80% nos últimos 12 meses.
Enquanto as manchetes falam em índices e percentuais, aqui nas ruas de Salvador o que se sente é um leve respiro no caixa do supermercado. Mas é preciso manter os pés no chão: essa queda, embora importante, não resolve o problema do alto custo de vida.
Com o fim do ano se aproximando, é essencial que essas políticas de abastecimento sejam reforçadas, pois só assim o impacto será duradouro. Afinal, a comida mais barata só faz diferença se continuar acessível — e não for só uma exceção.
A queda no custo da cesta básica em Salvador é um dado positivo em meio a tantos desafios econômicos. Com alimentos essenciais mais baratos, há um alívio real para quem vive com orçamento apertado. O momento exige atenção às políticas públicas que sustentam essa tendência.