Parece que na contagem regressiva da eleição, certas figuras políticas esquecem rapidamente as promessas feitas e, em vez de oferecer melhorias genuínas para a população, optam por uma velha prática eleitoreira: o famoso “tapa-buraco” disfarçado de solução milagrosa. Quem um dia posou de renovação, agora recorre àquela velha tática de asfaltar ruas na véspera da eleição, como se fosse um presente de Natal antecipado para os eleitores que foram traídos sem a menor cerimônia.
Mas é bonito ver esse zelo repentino por bairros que clamaram por socorro e não viram uma pá de asfalto em tempos de não-campanha. Afinal será coincidência que essas obras surjam justamente quando o calendário eleitoral começa a se aproximar? Sou descrente, é difícil de acreditar. Mais vergonhoso ainda é esperar que o eleitor caia nessa é chamar o povo de besta, como se um pouquinho de asfalto pudesse apagar o descaso, as promessas não cumpridas e os problemas mal resolvidos de uma gestão que parece ter esquecido, aliás foram “Os outros”.
Mas que bom que, pelo menos, durante a eleição, a memória política se refresca. Pena que, para muitos, ela só dure até o último voto ser contado e depois daqui a quatro anos, a gente resolve.
É importante que os eleitores estejam atentos a essas manobras e cobrem ações que vão além de promessas vazias caindo no imenso vazio da politicagem. A verdadeira mudança exige consistência e um compromisso duradouro com o bem-estar da comunidade no presente olhando para um futuro promissor, e não apenas um espetáculo um show uma festa para enganar na hora das urnas. Sua reflexão é um convite à conscientização e à vigilância cívica, essenciais para um verdadeiro exercício da democracia, lembre-se “Tu te tornas eternamente responsável por aquilo que cativas” é uma das mais famosas do livro O Pequeno Príncipe, de Antoine de Saint-Exupéry, publicado em 1943.