
A violência contra a mulher continua sendo uma realidade preocupante na Bahia. Em 2024, a Central de Atendimento à Mulher – Ligue 180 – registrou 63.330 atendimentos no estado, um aumento de 42% em relação a 2023, quando foram registrados 44.594 atendimentos. Além disso, as denúncias cresceram 11,6% , passando de 8.143 para 9.090 no último ano.
Os dados refletem não apenas a persistência da violência de gênero, mas também um aumento na confiança da população em denunciar esses crimes.
O perfil das vítimas e a realidade dos casos
Os números mostram que as mulheres negras (pretas e pardas) representam a maioria das vítimas ( 6.707 denúncias ). Além disso, a faixa etária mais atingida é entre 40 e 44 anos , com 1.471 vítimas denunciando agressões.
A casa da vítima ainda é o local mais comum onde ocorrem os atos de violência, com 3.847 casos relatados. Muitas mulheres vivem essa realidade dentro do próprio lar, sendo agredidas por companheiros, parceiros ou ex-parceiros – grupo que responde por 2.440 denúncias .
A violência persiste e muitas mulheres sofrem diariamente
Os dados da Ligue 180 indicam que 46,4% das vítimas dizem ser agredidas diariamente . Além disso, 32.591 denúncias específicas a violências que acontecem há mais de um ano.
Os tipos de agressão mais recorrentes são:
- Violência psicológica (101.007 denúncias)
- Violência física (78.651 denúncias)
- Violência patrimonial (19.095 denúncias)
- Violência sexual (10.203 denúncias)
Isso mostra que a violência contra a mulher não se limita às agressões físicas , mas também envolve ameaças, humilhações, restrições financeiras e abusos sexuais.
Ligue 180: um canal essencial para proteção das mulheres
O Ligue 180 é um serviço gratuito e funciona 24 horas por dia , oferecendo apoio, orientações e encaminhamentos para a rede de atendimento à mulher.
Além do telefone, agora também é possível fazer contato via WhatsApp pelo número (61) 9610-0180 .
Se você ou alguém que precisa de ajuda, denuncie!
📞 Ligue 180 – Atendimento gratuito e sigiloso.
🚔 Emergências – Chame a Polícia Militar pelo 190 .
A luta contra a violência de gênero depende da informação e do apoio da sociedade. Compartilhe esse conteúdo e ajude a salvar vidas!