
O governador Jerônimo Rodrigues está na China integrando a comitiva do Governo Federal em missão oficial ao país asiático. Durante a agenda institucional, uma reunião em particular marcou a passagem do chefe do Executivo baiano por Pequim. Trata-se do encontro com a Goldwind, na terça-feira,13, uma das maiores fabricantes de turbinas eólicas do mundo, que sinalizou uma nova fase de investimentos na Bahia.
A multinacional chinesa já opera uma unidade em Camaçari, onde inaugurou, em 2024, sua primeira fábrica fora do território chinês. Agora, os planos da companhia são de triplicar a capacidade produtiva da planta baiana, consolidando o estado como protagonista na cadeia internacional de energia limpa.
Bahia mira liderança no mercado de energia eólica
Durante visita à sede da empresa, Jerônimo Rodrigues participou de reuniões com a direção da Goldwind e com representantes de sete fornecedores estratégicos, todos com interesse em instalar unidades industriais na Bahia. A meta é formar um parque fabril completo, dedicado à produção de turbinas eólicas, componentes estratégicos e soluções tecnológicas para o setor de renováveis.
A proposta é ambiciosa: elevar a produção para até 150 turbinas por ano, com modelos que atingem potências de até 7,5 megawatts. O avanço não se limita à infraestrutura. A estimativa é de geração de empregos diretos, fortalecimento da economia regional e expansão da cadeia produtiva local.
Energia limpa, emprego e desenvolvimento tecnológico
A formação desse polo industrial tem potencial para transformar a Bahia em um dos maiores centros de energia renovável da América Latina. Além da energia eólica, estão em estudo projetos de hidrogênio verde e metanol renovável, conectando a transição energética à inovação e à sustentabilidade.
Segundo o governador, o Estado está preparado para oferecer as condições necessárias para a atração desses investimentos. A política do governo baiano prevê segurança jurídica, infraestrutura adequada e incentivos econômicos, com foco na industrialização e na geração de emprego qualificado.
Expansão que reposiciona a Bahia no mercado global
Com a ampliação da unidade da Goldwind, a Bahia poderá alcançar até 30% do mercado brasileiro de turbinas eólicas. O movimento representa a entrada em um novo patamar de competitividade internacional, com a possibilidade de exportação de tecnologia e integração de fornecedores globais.
A iniciativa também alinha o estado às estratégias de combate às mudanças climáticas, com ações concretas na matriz energética. Mais do que um projeto de negócios, trata-se de uma mudança estrutural na economia, com impactos diretos na vida das pessoas, no meio ambiente e na posição do Brasil no cenário da energia sustentável.