Governo anuncia compra emergencial de alimentos afetados por tarifas dos EUA

Governo lança medida do Plano Brasil Soberano para comprar alimentos de produtores prejudicados pelas tarifas dos EUA. Entenda os impactos e próximos passos.

Por Murillo Vazquez
26/08/2025

Publicado em -

Noticia oXarope 260825 02brasilsoberano12

O Governo Federal iniciou a compra de açaí, uva, água de coco, mel, manga, pescados e castanhas de produtores afetados pelas tarifas impostas pelos Estados Unidos. A medida, já em vigor e sem prazo para terminar, integra o Plano Brasil Soberano e será executada por programas públicos de alimentação.

Os alimentos serão adquiridos sem licitação e direcionados para a merenda escolar por meio do Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE), além de abastecer hospitais, restaurantes universitários, Forças Armadas e outras instituições públicas.

Segundo o governo, o objetivo é dar vazão à produção de agricultores familiares e empresas que tiveram as exportações inviabilizadas após a decisão norte-americana de elevar tarifas sobre produtos brasileiros.

A medida busca evitar o desperdício de produtos perecíveis e, ao mesmo tempo, garantir renda mínima para milhares de pequenos e médios produtores.

Além disso, o governo pretende fortalecer o sistema de compras públicas, transformando a crise em uma oportunidade de melhorar a qualidade da merenda escolar e da alimentação em hospitais e universidades.

Para mim, o mais significativo é como uma decisão internacional de caráter econômico acaba impactando diretamente a mesa do brasileiro.

Segundo o ministro Paulo Teixeira (MDA), a medida é estratégica:

“O governo vai estimular que estados e municípios possam adquirir esses produtos pelos programas públicos de alimentação escolar. (…) Os preços levam em consideração uma remuneração adequada ao produtor.”

No entanto, produtos como carne bovina e café ficaram de fora da lista inicial. De acordo com o ministro, esses itens têm mais alternativas de exportação e maior durabilidade, o que reduz a urgência de medidas emergenciais.

Produtores que desejarem vender de forma direta devem apresentar documentação comprobatória e procurar governos estaduais, prefeituras, instituições federais de ensino, hospitais federais ou a Conab.

Enquanto Brasília discute tarifas, quem sente os efeitos imediatos são os agricultores familiares, que agora veem seus produtos sendo direcionados para escolas e hospitais no Brasil.

É uma solução que mistura política externa, segurança alimentar e desenvolvimento local. Mas fica a questão: será que medidas emergenciais se transformarão em política permanente de fortalecimento da produção nacional?

Mais do que mitigar os efeitos de uma disputa comercial, a medida reacende o debate sobre soberania alimentar e o papel do Estado no fortalecimento da economia interna.

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Por Murillo Vazquez
26/08/2025 - 13h11 - Atualizado 26 de agosto de 2025

Publicado em -

Noticia oXarope 260825 02brasilsoberano12

O Governo Federal iniciou a compra de açaí, uva, água de coco, mel, manga, pescados e castanhas de produtores afetados pelas tarifas impostas pelos Estados Unidos. A medida, já em vigor e sem prazo para terminar, integra o Plano Brasil Soberano e será executada por programas públicos de alimentação.

Os alimentos serão adquiridos sem licitação e direcionados para a merenda escolar por meio do Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE), além de abastecer hospitais, restaurantes universitários, Forças Armadas e outras instituições públicas.

Segundo o governo, o objetivo é dar vazão à produção de agricultores familiares e empresas que tiveram as exportações inviabilizadas após a decisão norte-americana de elevar tarifas sobre produtos brasileiros.

A medida busca evitar o desperdício de produtos perecíveis e, ao mesmo tempo, garantir renda mínima para milhares de pequenos e médios produtores.

Além disso, o governo pretende fortalecer o sistema de compras públicas, transformando a crise em uma oportunidade de melhorar a qualidade da merenda escolar e da alimentação em hospitais e universidades.

Para mim, o mais significativo é como uma decisão internacional de caráter econômico acaba impactando diretamente a mesa do brasileiro.

Segundo o ministro Paulo Teixeira (MDA), a medida é estratégica:

“O governo vai estimular que estados e municípios possam adquirir esses produtos pelos programas públicos de alimentação escolar. (…) Os preços levam em consideração uma remuneração adequada ao produtor.”

No entanto, produtos como carne bovina e café ficaram de fora da lista inicial. De acordo com o ministro, esses itens têm mais alternativas de exportação e maior durabilidade, o que reduz a urgência de medidas emergenciais.

Produtores que desejarem vender de forma direta devem apresentar documentação comprobatória e procurar governos estaduais, prefeituras, instituições federais de ensino, hospitais federais ou a Conab.

Enquanto Brasília discute tarifas, quem sente os efeitos imediatos são os agricultores familiares, que agora veem seus produtos sendo direcionados para escolas e hospitais no Brasil.

É uma solução que mistura política externa, segurança alimentar e desenvolvimento local. Mas fica a questão: será que medidas emergenciais se transformarão em política permanente de fortalecimento da produção nacional?

Mais do que mitigar os efeitos de uma disputa comercial, a medida reacende o debate sobre soberania alimentar e o papel do Estado no fortalecimento da economia interna.

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