Aos 39 anos, Marta protagonizou um momento mágico na final da Copa América Feminina em Quito: entrou como substituta, marcou duas vezes inclusive um gol nos acréscimos e guiou o Brasil rumo ao nono título continental, conquistado nos pênaltis contra a Colômbia, após empate épico por 4 a 4
A partida, disputada no Estádio Rodrigo Paz Delgado, apresentou equilíbrio aos 10 minutos iniciais, mas o Brasil sofreu o primeiro gol aos 25′, com linda finalização de Linda Caicedo após bela troca de passes da Colômbia. Ainda antes do intervalo, Angelina converteu pênalti marcado após VAR igualando o placar no fim da primeira etapa.
No segundo tempo, um gol contra de Tarciane retomou a vantagem colombiana aos 69′. A reação brasileira veio com Amanda Gutierres, que empatou aos 80′ com um chute preciso. A Colômbia, em contra-ataque letal, voltou à frente com gol de Mayra Ramírez aos 88′, mas o destino reservava emoção até o fim
No minuto 96, Marta entrou em campo e entregou o empate histórico: um chute de fora da área que levou o confronto para a prorrogação. Ainda no tempo extra, ela marcou novamente, colocando o Brasil à frente, antes que Leicy Santos empatasse com uma cobrança de falta magistral nos últimos minutos, levando a decisão para as penalidades.
A disputa de pênaltis foi um thriller: Angelina errou a segunda cobrança, e Marta também teve sua chance salva pela goleira colombiana. A heroína, porém, foi Lorena, goleira brasileira, que defendeu a cobrança decisiva de Jorelyn Carabalí e garantiu o título do Brasil por 5 a 4.
Conquista com legado e projeção
Com essa vitória, o Brasil alcança nove títulos em dez edições da Copa América Feminina, reafirmando sua supremacia sul-americana. A final também garantiu às donas da casa e à Colômbia vagas nos Jogos Olímpicos Los Angeles 2028.
O Brasil mostra, mais uma vez, sua mentalidade resiliente nunca desistir, sempre acreditar e prova que, dentro do continente, é quase imbatível. Ainda resta a luta por títulos globais, mas o domínio regional é incontestável.
Essa vitória representa não apenas mais uma taça, mas a consagração de um legado e a esperança renovada para o futebol feminino brasileiro. Marta, com sua presença imponente, elevou o time na hora de decisão e reforçou que a experiência aliada à garra faz toda diferença. O torcedor pode se orgulhar: o Brasil é, de fato, autêntico e implacável quando necessário.