
As vendas do comércio varejista na Bahia tiveram uma leve variação negativa de -0,4% em janeiro de 2025, na comparação com dezembro de 2024, segundo a Pesquisa Mensal de Comércio (PMC) do IBGE. O resultado, que marca um retorno ao campo negativo após o crescimento de 0,8% registrado no último mês do ano passado, ficou abaixo da média nacional (-0,1%) e foi o 7º pior desempenho entre os 27 estados brasileiros.
Apesar do recuo na passagem mensal, o comércio baiano segue em trajetória de crescimento no comparativo anual. Frente a janeiro de 2024, as vendas avançaram 1,0%, completando 27 meses consecutivos de alta. No entanto, esse desempenho foi inferior à média nacional, que cresceu 3,1%, colocando a Bahia apenas na 19ª posição entre os estados.
Destaques setoriais: informática lidera crescimento, livrarias seguem em queda
Entre as oito atividades do varejo analisadas pelo IBGE, seis apresentaram crescimento em janeiro de 2025 na Bahia. Os maiores destaques foram:
- Equipamentos e materiais para escritório, informática e comunicação: +48,4%, marcando o primeiro avanço após quatro meses de queda.
- Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos: +7,4%, mantendo uma sequência de 22 meses de crescimento e acumulando +13,4% em 12 meses.
Por outro lado, livrarias e papelarias seguem enfrentando dificuldades, registrando queda de -4,8%, a 24ª retração consecutiva. O segmento de combustíveis e lubrificantes também apresentou variação negativa de -3,7%, acumulando três meses seguidos de recuo.
Varejo baiano mantém crescimento sólido no acumulado de 12 meses
Mesmo com oscilações pontuais, o comércio varejista baiano mantém um desempenho sólido no longo prazo. No acumulado dos últimos 12 meses, as vendas cresceram 6,5%, superando a média nacional (4,7%) e registrando o 8º melhor desempenho entre os estados.
Entre as Unidades da Federação, os estados com os maiores crescimentos acumulados no período foram:
- Amapá: +17,3%
- Paraíba: +12,0%
- Tocantins: +9,6%
Varejo ampliado baiano cresce frente a dezembro, mas recua na comparação anual
O comércio varejista ampliado, que inclui as vendas de veículos, motos, peças, material de construção e atacado especializado em alimentos, teve uma leve alta de 0,2% frente a dezembro de 2024. No entanto, na comparação com janeiro do ano passado, o setor apresentou uma variação negativa de -0,3%, desempenho inferior ao nacional (2,2%).
Os destaques do varejo ampliado na Bahia foram:
- Vendas de veículos: +32,1%, a 10ª alta consecutiva, atingindo o melhor janeiro desde 2022.
- Material de construção: -2,3%, interrompendo uma sequência de 19 meses de crescimento.
- Atacado de alimentos: -28,8%, acumulando seis meses seguidos de queda.
Cenário nacional e perspectivas para o comércio baiano
O desempenho do comércio baiano reflete um cenário de crescimento moderado no Brasil. No comparativo anual, 23 estados apresentaram alta nas vendas, sendo os destaques:
- Amapá: +14,3%
- Rio Grande do Sul: +10,8%
- Santa Catarina: +8,3%
Apesar da desaceleração pontual em janeiro, o varejo baiano segue com perspectivas positivas para 2025, especialmente nos setores de tecnologia e saúde. A manutenção do crescimento no acumulado de 12 meses reforça a resiliência do setor, mesmo diante de oscilações pontuais no curto prazo.
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