Como o Mais Médicos evoluiu com passado cubano e presente com médicos do Brasil

Por Marcelo oXarope
14/08/2025

Publicado em

Noticia oXarope 140825 01mai medicos

Lançado em 2013 no governo da então presidente Dilma Rousseff, o programa Mais Médicos surgiu para enfrentar a escassez de profissionais de saúde em regiões remotas, periferias e áreas indígenas. Com apoio da Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS), a iniciativa contou com milhares de médicos cubanos, que, até 2018, formavam a maioria dos participantes do programa.

Entre 2013 e 2017, aproximadamente 8.332 médicos cubanos atuaram no Brasil 45,7% do total. Em determinados momentos, chegaram a representar até 60% a 80% dos profissionais em atividade, atendendo cerca de 60 milhões de brasileiros em mais de 3.600 municípios. O modelo cubano previa que os salários fossem pagos ao governo de Cuba, o que gerou críticas e tensões políticas.

Com a eleição de Jair Bolsonaro, o governo cubano decidiu se retirar do programa em novembro de 2018, após mudanças propostas nas regras contratuais, exigências de revalidação do diploma e liberdade de residência para os profissionais estrangeiros.

Em 2023, o governo Lula relançou o programa sob o nome oficial Mais Médicos para o Brasil, com novo foco: priorizar médicos formados no Brasil, mas mantendo a possibilidade de participação de brasileiros formados no exterior e estrangeiros, apenas 10% são cubanos, desde que regularizados no país.

Atualmente, são mais de 24,9 mil médicos em atuação, distribuídos por 4.200 municípios, alcançando cerca de 73 milhões de brasileiros, principalmente nas regiões Norte, Nordeste e em comunidades tradicionais.

Como funciona hoje o Mais Médicos

  • Adesão por editais públicos, com chamadas para municípios e profissionais.
  • Foco na Atenção Primária à Saúde, onde 80% dos problemas de saúde são resolvidos.
  • Bolsa mensal de R$ 12.386,50, com auxílio de deslocamento de até R$ 37 mil, além de apoio local (moradia e alimentação).
  • Benefícios garantidos: recesso de 30 dias, licença-maternidade de 180 dias e licença-paternidade de 20 dias.
  • Formação continuada: acesso a cursos de especialização, mestrado e doutorado vinculados à Estratégia Nacional de Formação de Especialistas para a Saúde, criada em 2023.

A atual fase do programa visa equilibrar ampliação do acesso à saúde com a valorização e qualificação da medicina brasileira. Embora o modelo com médicos cubanos tenha sido encerrado, o Mais Médicos manteve sua essência: levar atendimento médico onde o SUS não alcança sozinho, com profissionais dedicados, estrutura pública e políticas de incentivo.

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Como o Mais Médicos evoluiu com passado cubano e presente com médicos do Brasil

Por Marcelo oXarope
14/08/2025 - 16h50 - Atualizado 14 de agosto de 2025

Publicado em

Noticia oXarope 140825 01mai medicos

Lançado em 2013 no governo da então presidente Dilma Rousseff, o programa Mais Médicos surgiu para enfrentar a escassez de profissionais de saúde em regiões remotas, periferias e áreas indígenas. Com apoio da Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS), a iniciativa contou com milhares de médicos cubanos, que, até 2018, formavam a maioria dos participantes do programa.

Entre 2013 e 2017, aproximadamente 8.332 médicos cubanos atuaram no Brasil 45,7% do total. Em determinados momentos, chegaram a representar até 60% a 80% dos profissionais em atividade, atendendo cerca de 60 milhões de brasileiros em mais de 3.600 municípios. O modelo cubano previa que os salários fossem pagos ao governo de Cuba, o que gerou críticas e tensões políticas.

Com a eleição de Jair Bolsonaro, o governo cubano decidiu se retirar do programa em novembro de 2018, após mudanças propostas nas regras contratuais, exigências de revalidação do diploma e liberdade de residência para os profissionais estrangeiros.

Em 2023, o governo Lula relançou o programa sob o nome oficial Mais Médicos para o Brasil, com novo foco: priorizar médicos formados no Brasil, mas mantendo a possibilidade de participação de brasileiros formados no exterior e estrangeiros, apenas 10% são cubanos, desde que regularizados no país.

Atualmente, são mais de 24,9 mil médicos em atuação, distribuídos por 4.200 municípios, alcançando cerca de 73 milhões de brasileiros, principalmente nas regiões Norte, Nordeste e em comunidades tradicionais.

Como funciona hoje o Mais Médicos

  • Adesão por editais públicos, com chamadas para municípios e profissionais.
  • Foco na Atenção Primária à Saúde, onde 80% dos problemas de saúde são resolvidos.
  • Bolsa mensal de R$ 12.386,50, com auxílio de deslocamento de até R$ 37 mil, além de apoio local (moradia e alimentação).
  • Benefícios garantidos: recesso de 30 dias, licença-maternidade de 180 dias e licença-paternidade de 20 dias.
  • Formação continuada: acesso a cursos de especialização, mestrado e doutorado vinculados à Estratégia Nacional de Formação de Especialistas para a Saúde, criada em 2023.

A atual fase do programa visa equilibrar ampliação do acesso à saúde com a valorização e qualificação da medicina brasileira. Embora o modelo com médicos cubanos tenha sido encerrado, o Mais Médicos manteve sua essência: levar atendimento médico onde o SUS não alcança sozinho, com profissionais dedicados, estrutura pública e políticas de incentivo.

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