A inflação oficial na Região Metropolitana de Salvador (RMS) desacelerou pelo segundo mês consecutivo e ficou em 0,16% em abril, segundo dados do IPCA divulgados pelo IBGE. Esse foi o menor índice para o mês em quatro anos e ficou abaixo da média nacional (0,43%), ocupando a 4ª menor posição entre os 16 locais pesquisados.
O índice foi puxado principalmente pelos aumentos nos grupos de saúde (1,50%), com destaque para os medicamentos (3,26%), e de alimentação (0,55%). Por outro lado, os grupos de transportes (-1,27%) e habitação (-0,22%) registraram deflação, contribuindo para conter o avanço geral dos preços.
Destaques do mês:
Medicamentos lideraram as pressões inflacionárias após o reajuste autorizado pelo governo.
Os remédios para pressão e colesterol tiveram aumento médio de 5,40%, sendo os maiores vilões do mês.
Alimentos, apesar de desacelerarem em relação a março (0,96%), ainda foram responsáveis por grande impacto no índice.
O tomate (10,47%), a batata-inglesa (10,40%) e a banana-da-terra (6,35%) foram os produtos com maiores altas.
Itens que ajudaram a segurar a inflação:
Passagens aéreas: -21,1% (maior queda do mês)
Gasolina: -2,21%
Gás de botijão: -2,32%
Energia elétrica residencial: -0,07%
Essas quedas foram decisivas para o recuo nos grupos de transporte e habitação, dois dos que mais pesam no bolso do consumidor.
Acumulados: ano e 12 meses
No ano de 2025 (janeiro a abril), a inflação da RMS acumula alta de 2,34%, abaixo da média nacional (2,48%) e ocupando a 10ª posição entre os 16 locais pesquisados.
Nos últimos 12 meses, a inflação na RMS acumula 5,13%, também abaixo da média brasileira (5,53%) e a 12ª mais alta do país.
INPC também desacelera
O INPC, que mede a inflação das famílias com renda de até 5 salários mínimos, também recuou para 0,22% em abril, frente aos 0,36% de março. Foi o 3º menor índice do país, atrás apenas de Brasília (0,01%) e do Rio de Janeiro (0,21%).
Acumulado do ano: 2,57% (7º maior do país)
Acumulado em 12 meses: 4,99% (abaixo da média nacional de 5,32%)
Informações: IBGE