Nesta quarta-feira (8), uma operação nacional coordenada pela Polícia Federal cumpriu 182 mandados de busca, prendeu 55 suspeitos em flagrante e resgatou vítimas de abuso sexual em 16 estados.
A terceira fase da Operação Nacional Proteção Integral III foi deflagrada nesta quarta-feira, 8 de outubro, e resultou em uma das maiores mobilizações contra crimes de exploração sexual infantil no Brasil. A ação foi coordenada pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública, com atuação direta da Polícia Federal e apoio das Polícias Civis de 16 estados.
Foram 182 mandados de busca e apreensão, 11 de prisão preventiva, 55 prisões em flagrante, dois adolescentes apreendidos e três vítimas resgatadas. Ao todo, participaram 617 policiais federais e 273 policiais civis.
Por trás dos números frios da operação estão vidas infantis marcadas por violência e traumas irreparáveis. O combate à exploração sexual infantil é uma emergência silenciosa que exige resposta imediata, contínua e firme.
Como cidadão, o que mais me toca é a urgência de transformar indignação em ação. A integração entre polícias e o uso de inteligência investigativa mostram que o Estado pode, sim, ser eficaz quando há prioridade real.
“O Governo do Brasil está comprometido com a proteção de nossas crianças e adolescentes. Vamos continuar atuando para coibir os crimes cibernéticos contra nossos jovens”, declarou o presidente Lula, em publicação nas redes sociais.
O ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski, reforçou: “Essa foi uma operação gigantesca. Em um país tão diverso, as forças de segurança precisam atuar juntas, com compartilhamento de inteligência e esforço coletivo.”
O diretor-geral da Polícia Federal, Andrei Rodrigues, revelou números impressionantes: “Somente neste ano, já cumprimos 1.630 mandados de prisão e realizamos mais de 700 operações no combate a abusos infantojuvenis.”
Diante de um crime tão abjeto quanto o abuso sexual de crianças, não pode haver hesitação. Essa operação mostra o que é possível fazer quando o combate ao crime deixa de ser promessa e vira ação concreta.
Mas ainda falta muito. O verdadeiro desafio é manter essa mobilização de forma permanente, estruturada e com recursos garantidos. E mais: proteger nossas crianças exige também investimento em educação, acolhimento psicológico e orientação às famílias. Não basta punir, é preciso prevenir.
A megaoperação desta semana é um marco no enfrentamento à exploração sexual infantojuvenil no Brasil. Mas ela também serve como alerta: a internet, quando mal monitorada, pode se tornar um terreno fértil para predadores. A luta por justiça e segurança é constante e começa dentro de casa.