Nesta quinta (4), o presidente Lula lançou o programa Gás do Povo no Aglomerado da Serra, em Belo Horizonte. A medida amplia o antigo Auxílio Gás, beneficiando 15,5 milhões de famílias com botijão gratuito e entregas mais ágeis em todo o Brasil.
O Gás do Povo chega como uma das maiores políticas públicas de acesso ao cozimento limpo no mundo, com 65 milhões de botijões por ano distribuídos gratuitamente. O programa substitui e triplica o número de beneficiários do antigo Auxílio Gás, ampliando a cobertura e fortalecendo o papel do Estado em garantir o direito à alimentação.
A cerimônia de lançamento aconteceu em Belo Horizonte, com a presença do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que reafirmou seu compromisso com a justiça social. “Todo mundo tem que ter direito a comer e, para isso, precisa ter gás para cozinhar”, disse.
O público-alvo são famílias inscritas no Cadastro Único (CadÚnico) com renda de até meio salário mínimo por pessoa, com prioridade para beneficiários do Bolsa Família.
A nova política pública tem potencial direto para aliviar a pressão no orçamento doméstico de mais de 50 milhões de pessoas. Os botijões serão entregues conforme o tamanho da família:
- Famílias com 2 pessoas: até 3 botijões/ano
- Famílias com 3 pessoas: até 4 botijões/ano
- Famílias com 4 ou mais: até 6 botijões/ano
Para mim, o que mais chama atenção é como um item tão básico como o gás de cozinha se tornou um marcador de desigualdade social. Quando o acesso ao alimento depende de subsídio, é sinal de que a fome ainda tem endereço certo.
Além de ser uma ação emergencial, o Gás do Povo também combate problemas de saúde pública, já que reduz o uso de lenha e carvão em áreas vulneráveis.
“É para o pobre, não para o rico”, disse Lula ao justificar a iniciativa. O presidente também destacou o abismo entre o preço de saída da Petrobras e o valor final pago pelo consumidor.
A ministra dos Direitos Humanos, Macaé Evaristo, enfatizou os benefícios financeiros e sociais:
“Vale gás, vale economia no bolso, vale comida na mesa, vale mais saúde para a nossa população.”
Já o ministro do Desenvolvimento e Assistência Social, Wellington Dias, destacou o impacto direto na segurança alimentar. E Alexandre Silveira, ministro de Minas e Energia, resumiu a missão do programa:
“Tirar o Brasil da fumaça e acender de vez a chama da inclusão energética.”
A cidade de Belo Horizonte, palco do anúncio, foi escolhida pelo seu histórico de organização comunitária. “Viva o povo mais simples e viva aquele que vai receber, em casa, o gás de graça”, declarou o prefeito Álvaro Damião.
O Gás do Povo é mais do que uma política pública: é um símbolo de resgate da dignidade. Em um país onde famílias ainda cozinham com lenha por falta de alternativa, garantir o botijão de gás é garantir o direito de viver com o mínimo de conforto.
E não se trata apenas de economia. É sobre tempo, saúde e segurança principalmente para as mulheres, que ainda carregam o peso do cuidado doméstico. Quando o gás chega à cozinha, sobra tempo para o estudo, para o trabalho, para viver.
O Gás do Povo reposiciona o Brasil entre os países que olham para os mais pobres com prioridade. Ao garantir o básico o fogo para cozinhar, o governo sinaliza que inclusão se faz com comida quente no prato e dignidade no dia a dia.