
Celebrado em 28 de julho, o Dia Mundial de Combate à Hepatite levanta um alerta urgente: a doença é silenciosa, evolui sem sintomas e, quando descoberta tardiamente, pode levar à cirrose ou até ao câncer hepático. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), as hepatites virais são a segunda principal causa infecciosa de morte no mundo — sendo que 83% dos óbitos são causados pela hepatite B e 17% pela C.
No Brasil, mais de 718 mil casos foram notificados entre 1999 e 2023, com mais de 70 mil mortes, segundo o Ministério da Saúde. Mesmo com um dos programas mais completos de combate à doença, o país ainda enfrenta desafios no diagnóstico precoce — essencial para reverter esse quadro.
O perigo do silêncio
As hepatites virais comprometem o fígado e, muitas vezes, não apresentam sintomas. Quando surgem, os sinais incluem: fadiga, febre, náuseas, icterícia (pele e olhos amarelados), urina escura e fezes claras. Em estágio avançado, podem evoluir para fibrose hepática, cirrose e câncer.
“A avaliação laboratorial é essencial tanto para detectar hepatites quanto para monitorar a saúde hepática ao longo do tempo”, afirma Hélida Silva, Gerente de Assuntos Médicos da Siemens Healthineers.
Diagnóstico rápido e preciso salva vidas
Entre os exames utilizados estão os testes de função hepática (ALT, AST, GGT, bilirrubinas) e os marcadores virais, como HBsAg, anti-HBs e anti-HCV. Para diagnóstico específico, o exame NAT (teste de ácido nucleico) detecta e quantifica o material genético viral, orientando o tratamento com maior precisão.
Também estão disponíveis biomarcadores não invasivos para avaliar a fibrose hepática, como FIB-4, APRI e ELF, além do FibroScan®, alternativa moderna à biópsia.
O combate começa pela testagem
Investir em triagem laboratorial acessível, ampliar o acesso ao diagnóstico e informar a população são os passos mais eficazes para interromper a cadeia de transmissão.
“Quanto mais cedo o diagnóstico, maiores as chances de evitar complicações. É uma luta que podemos vencer com prevenção e informação”, reforça Hélida.