As lições da primeira guerra comercial entre Trump e China: O que Pequim pode fazer agora?

Por Marcelo oXarope
04/02/2025

Publicado em - -

oXarope1040225EUAXCHINA

A recente decisão de Donald Trump de importar uma taxa de 10% sobre todas as exportações chinesas reacendeu um embate que marcou seu primeiro mandato: a guerra comercial com Pequim. No entanto, a resposta da China, até agora contida, segue um manual já testado em conflitos anteriores. A grande questão é: a estratégia será a mesma ou novas medidas mais agressivas podem surgir?

Uma nova guerra comercial pode ser diferente?

Em 2018, quando Trump iniciou a primeira onda de tarifas contra a China, Pequim respondeu com medidas recíprocas, mirando setores estratégicos dos EUA, como a agricultura. No entanto, o cenário atual traz desafios diferentes:

  • Menor dependência dos EUA : A China impediu sua dependência das exportações americanas, diversificando fornecedores e mercados, incluindo o Brasil para importação de produtos agrícolas.
  • Economia doméstica mais frágil : A desaceleração da economia chinesa pode fazer com que Pequim adote uma abordagem mais cautelosa para evitar impactos ainda maiores no crescimento interno.
  • Novas ferramentas de retaliação : Além das tarifas, a China tem estratégias de disposição como restrições tecnológicas e controles sobre cadeias de suprimentos globais.

O que Pequim pode fazer agora?

Diante da nova ofensiva de Trump, a China pode seguir três caminhos principais:

  1. Retaliação proporcional
    Seguindo o modelo de 2018, Pequim pode importar tarifas sobre produtos americanos em setores estratégicos, como energia e tecnologia. No entanto, com menor dependência do comércio dos EUA, essa opção pode ter menos impacto do que antes.
  2. Aposta na diplomacia econômica
    A China pode fortalecer laços comerciais com outras potências, como a União Europeia e as economias emergentes, diminuindo ainda mais a influência americana sobre suas exportações.
  3. Restrições tecnológicas e financeiras
    Pequim pode aumentar os controles sobre terras-raras (materiais essenciais para a indústria tecnológica americana) ou adotar medidas para enfraquecer o dólar no comércio asiático.

Qual o impacto global?

A nova guerra comercial entre EUA e China já provocou reflexos nos mercados financeiros, com alta do dólar e aversão ao risco em bolsas de valores. Se a tensão aumentar, os impactos podem se estender a países emergentes, afetando o comércio global e encarecendo produtos dependentes de insumos chineses.

Conclusão: A China deve reviver ou recuperar?

Diante da pressão de Trump, Pequim enfrentou um dilema estratégico: retaliar pode fortalecer sua posição política interna, mas também pode agravar desafios econômicos já existentes. Por outro lado, evitar uma escalada imediata pode ser a melhor saída para preservar seu crescimento e buscar alternativas diplomáticas.

A resposta chinesa nos próximos dias será garantida para o boato dessa nova guerra comercial – e para a economia global como um todo.

1678540344banner-970x90-bello.png

Mais recentes

Novos equipamentos fortalecem atuação do SAMU em Porto Seguro

Em celebração ao Dia do Condutor Socorrista, comemorado nesta sexta-feira, 10, a Secretaria Municipal de Saúde de…

BAHIA: Ranking aponta baixos índices de transparência em gestão de municípios

As prefeituras dos territórios Litoral Sul, Baixo Sul, Extremo Sul, Médio Rio de Contas e Costa do…

OAB-BA intensifica fiscalização e identifica mais de 3,8 mil advogados atuando de forma irregular no estado

A Ordem dos Advogados do Brasil Seccional Bahia (OAB-BA) realizou ampla operação de fiscalização para coibir a…

Bahia ganha reforço de mais de 3,7 mil voos nacionais no verão 2025/2026

Uma das regras da indústria de viagens é que o destino, para ser competitivo, precisa ter boa…

Eunápolis vence Porto Seguro e larga na frente na semifinal da Copa Condesc

A Seleção de Eunápolis mostrou, mais uma vez, por que é uma das grandes forças do futebol…

As lições da primeira guerra comercial entre Trump e China: O que Pequim pode fazer agora?

Por Marcelo oXarope
04/02/2025 - 16h39 - Atualizado 4 de fevereiro de 2025

Publicado em - -

oXarope1040225EUAXCHINA

A recente decisão de Donald Trump de importar uma taxa de 10% sobre todas as exportações chinesas reacendeu um embate que marcou seu primeiro mandato: a guerra comercial com Pequim. No entanto, a resposta da China, até agora contida, segue um manual já testado em conflitos anteriores. A grande questão é: a estratégia será a mesma ou novas medidas mais agressivas podem surgir?

Uma nova guerra comercial pode ser diferente?

Em 2018, quando Trump iniciou a primeira onda de tarifas contra a China, Pequim respondeu com medidas recíprocas, mirando setores estratégicos dos EUA, como a agricultura. No entanto, o cenário atual traz desafios diferentes:

  • Menor dependência dos EUA : A China impediu sua dependência das exportações americanas, diversificando fornecedores e mercados, incluindo o Brasil para importação de produtos agrícolas.
  • Economia doméstica mais frágil : A desaceleração da economia chinesa pode fazer com que Pequim adote uma abordagem mais cautelosa para evitar impactos ainda maiores no crescimento interno.
  • Novas ferramentas de retaliação : Além das tarifas, a China tem estratégias de disposição como restrições tecnológicas e controles sobre cadeias de suprimentos globais.

O que Pequim pode fazer agora?

Diante da nova ofensiva de Trump, a China pode seguir três caminhos principais:

  1. Retaliação proporcional
    Seguindo o modelo de 2018, Pequim pode importar tarifas sobre produtos americanos em setores estratégicos, como energia e tecnologia. No entanto, com menor dependência do comércio dos EUA, essa opção pode ter menos impacto do que antes.
  2. Aposta na diplomacia econômica
    A China pode fortalecer laços comerciais com outras potências, como a União Europeia e as economias emergentes, diminuindo ainda mais a influência americana sobre suas exportações.
  3. Restrições tecnológicas e financeiras
    Pequim pode aumentar os controles sobre terras-raras (materiais essenciais para a indústria tecnológica americana) ou adotar medidas para enfraquecer o dólar no comércio asiático.

Qual o impacto global?

A nova guerra comercial entre EUA e China já provocou reflexos nos mercados financeiros, com alta do dólar e aversão ao risco em bolsas de valores. Se a tensão aumentar, os impactos podem se estender a países emergentes, afetando o comércio global e encarecendo produtos dependentes de insumos chineses.

Conclusão: A China deve reviver ou recuperar?

Diante da pressão de Trump, Pequim enfrentou um dilema estratégico: retaliar pode fortalecer sua posição política interna, mas também pode agravar desafios econômicos já existentes. Por outro lado, evitar uma escalada imediata pode ser a melhor saída para preservar seu crescimento e buscar alternativas diplomáticas.

A resposta chinesa nos próximos dias será garantida para o boato dessa nova guerra comercial – e para a economia global como um todo.

1

Mais recentes

Novos equipamentos fortalecem atuação do SAMU em Porto Seguro

Em celebração ao Dia do Condutor Socorrista, comemorado nesta sexta-feira, 10, a Secretaria Municipal de Saúde de Porto Seguro realizou a entrega de novos smartphones…

BAHIA: Ranking aponta baixos índices de transparência em gestão de municípios

As prefeituras dos territórios Litoral Sul, Baixo Sul, Extremo Sul, Médio Rio de Contas e Costa do Descobrimento da Bahia continuam com baixos níveis de…

OAB-BA intensifica fiscalização e identifica mais de 3,8 mil advogados atuando de forma irregular no estado

A Ordem dos Advogados do Brasil Seccional Bahia (OAB-BA) realizou ampla operação de fiscalização para coibir a atuação irregular de profissionais que exerciam atividades jurídicas…

Bahia ganha reforço de mais de 3,7 mil voos nacionais no verão 2025/2026

Uma das regras da indústria de viagens é que o destino, para ser competitivo, precisa ter boa conectividade aérea. Nesse sentido, o Governo do Estado,…

Eunápolis vence Porto Seguro e larga na frente na semifinal da Copa Condesc

A Seleção de Eunápolis mostrou, mais uma vez, por que é uma das grandes forças do futebol regional! Em uma tarde memorável neste domingo (12),…

Noite de autógrafos,  em Itamaraju,  marca o lançamento do livro “Amor Secreto”

A cidade de Itamaraju viveu uma noite de celebração, no último sábado (11), com o lançamento do livro “Amor Secreto”, do escritor Joaquim Nunes. O…

Porto Seguro celebra Dia de Nossa Senhora Aparecida com fé, tradição e homenagens à Padroeira do Brasil

Neste domingo, 12 de outubro, Porto Seguro vivenciou uma celebração marcada pela devoção e união em homenagem ao Dia de Nossa Senhora Aparecida, Padroeira do…

No Paraguai: Porto Seguro fortalece presença internacional e busca novos fluxos turísticos

A Secretaria de Turismo reforça seu compromisso com a ampliação dos mercados emissores internacionais ao participar ativamente da FITPAR 2025, a maior feira de turismo…

Insegurança alimentar atinge 4 em cada 10 lares na Bahia, mesmo com melhora histórica

A Bahia registrou, em 2024, o menor índice de insegurança alimentar dos últimos 20 anos. Ainda assim, 4 em cada 10 domicílios do estado (37,8%)…

Prefeitura de Eunápolis realiza capacitação sobre prevenção do câncer de mama para agentes comunitários de saúde

Na tarde desta quinta-feira (9), a Prefeitura de Eunápolis, por meio da Secretaria Municipal de Saúde, promoveu uma capacitação voltada para agentes comunitários de saúde,…

Porto Seguro na ABAV 2025: novos voos e estratégia para conquistar o turista nacional

Porto Seguro chega à ABAV Expo 2025, principal feira de turismo das Américas, com uma meta clara: conquistar o turista brasileiro. A estratégia do município,…

Prefeito Robério Oliveira recebe comitiva da Defensoria Pública durante ação do Gabinete Itinerante em Eunápolis

Eunápolis recebeu nesta quarta-feira (9) a terceira edição do Gabinete Itinerante da Defensoria Pública do Estado da Bahia (DPE/BA), projeto que percorre unidades do interior…

Meia Maratona de Porto Seguro espera reunir 6 mil atletas em 2026

A Meia Maratona de Porto Seguro chega à edição de 10 anos nos dias 18 e 19 de abril de 2026 com nova roupagem, em…

Eunápolis: Mutirão do REURB segue até sábado (11) no bairro Thiago de Melo I

A Prefeitura de Eunápolis segue com o mutirão do Programa de Regularização Fundiária Urbana (REURB) no bairro Thiago de Melo I até o próximo sábado,…

Com investimento bilionário, BYD transforma Camaçari em polo da indústria verde brasileira

Nesta quinta-feira (9), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva participou da inauguração da nova fábrica da BYD em Camaçari, na Bahia. A planta é…

Rolar para cima